
As forças militares de Israel realizaram ataques aéreos no sul do Líbano na madrugada deste sábado (12), deixando uma pessoa morta e sete feridas, segundo informações do Ministério da Saúde libanês. As explosões atingiram também uma rodovia que liga Beirute a regiões do sul do país, principal rota de abastecimento e deslocamento da população.

De acordo com o Exército israelense, os bombardeios tiveram como alvo um local que armazenava máquinas utilizadas na reconstrução de infraestrutura do grupo Hezbollah. Israel afirma que o grupo xiita estaria tentando se reorganizar após pesadas perdas sofridas durante o conflito.
Apesar do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, ataques israelenses têm ocorrido quase diariamente no território libanês.
A guerra entre Israel e Hezbollah, que se intensificou no final de setembro de 2024, já deixou mais de 4 mil mortos no Líbano, incluindo centenas de civis, segundo estimativas do Banco Mundial, que também calcula os danos materiais em cerca de US$ 11 bilhões.
Em Israel, 127 pessoas morreram, das quais 80 eram soldados.
O conflito começou em 8 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas no sul de Israel, que desencadeou a guerra em Gaza. Em resposta, Israel iniciou uma série de bombardeios e incursões aéreas no Líbano, alegando autodefesa contra o Hezbollah, grupo aliado do Hamas e apoiado pelo Irã.
Mesmo após meses de tentativas de mediação internacional — envolvendo Estados Unidos, França e Nações Unidas —, o cessar-fogo parcial no Líbano tem sido fragilizado por trocas de fogo esporádicas e acusações mútuas de violações.
O ataque deste sábado ocorre poucos dias após o Hezbollah anunciar esforços para reconstruir áreas devastadas nos arredores de Tiro e Nabatieh, o que pode ter motivado a ofensiva israelense.
O governo libanês condenou os bombardeios, afirmando que “a agressão contínua representa uma ameaça à estabilidade regional e viola o direito internacional”. Israel, por sua vez, reiterou que “não permitirá o fortalecimento de grupos terroristas ao longo de suas fronteiras”.
