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CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

Israel confirma morte de líder do Hamas apontado como mentor dos ataques de 7 de outubro

Raed Saad foi atingido em operação na Cidade de Gaza; Hamas acusa Israel de violar acordo de cessar-fogo

13 dezembro 2025 - 15h45Guilherme Nannini
Israel afirma ter eliminado líder do Hamas apontado como um dos mentores dos ataques de 7 de outubro
Israel afirma ter eliminado líder do Hamas apontado como um dos mentores dos ataques de 7 de outubro - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram neste sábado (13) a morte de Raed Saad, apontado como chefe do quartel-general de produção de armas do Hamas e um dos principais responsáveis pela organização dos ataques de 7 de outubro. A informação foi divulgada em comunicado oficial nas redes sociais das forças israelenses.

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Segundo o Exército, a operação ocorreu na Cidade de Gaza e teve como alvo um veículo no qual Saad estaria sendo transportado. Em declaração conjunta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmaram que a ação foi ordenada após um atentado com dispositivo explosivo contra tropas israelenses registrado horas antes.

De acordo com a IDF, Raed Saad era um dos últimos integrantes veteranos da alta hierarquia militar do Hamas ainda em atividade na Faixa de Gaza. As autoridades israelenses afirmam que ele teve papel central na violação do acordo de cessar-fogo em vigor desde outubro, ao supervisionar a continuidade da produção de armamentos mesmo durante o período de trégua.

O Exército israelense avalia que a morte de Saad representa um golpe significativo na capacidade do Hamas de reconstruir seu arsenal. Segundo a IDF, o comandante era responsável por coordenar a fabricação e o fornecimento de armas utilizadas pelo grupo em confrontos recentes.

Para o governo israelense, a eliminação de líderes estratégicos é parte de uma resposta direta a ataques contra suas forças e visa impedir novas ofensivas armadas a partir da Faixa de Gaza.

Em reação, o Hamas classificou a operação como um “crime” e afirmou que o ataque atingiu um “carro civil” na região oeste da Cidade de Gaza. Em mensagem divulgada em seu canal no Telegram, o grupo acusou Israel de agir deliberadamente para minar o acordo de cessar-fogo por meio do que chamou de “escalada de violações contínuas”.

O movimento palestino responsabilizou o que definiu como “governo de ocupação fascista” pelas consequências da ação e citou, além do ataque, a continuidade do cerco e as restrições à entrada de ajuda humanitária no território.

O Hamas também cobrou uma resposta dos mediadores internacionais e dos países garantidores do acordo, exigindo que atuem para conter novas ações militares israelenses.

A morte de Raed Saad ocorre em meio a um cenário de crescente fragilidade do cessar-fogo, marcado por acusações mútuas de violações e novos episódios de violência. Analistas apontam que ações desse tipo aumentam o risco de retomada de confrontos em larga escala, mesmo diante dos esforços diplomáticos em curso.

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