
Na manhã da última segunda-feira (1º de dezembro), o plenário da OAB de Mato Grosso do Sul virou sala de aula. Mais de cem advogados se reuniram para ouvir Irajá Messias, referência no Direito Criminal há mais de quatro décadas. O evento marcou o Dia do Advogado Criminalista, celebrado em todo o país no dia seguinte, 2 de dezembro.
Com história longa nos tribunais do júri, Messias subiu ao púlpito para dividir o que aprendeu em 150 julgamentos. Disse que o Direito Penal não cabe em fórmulas prontas. Cada caso exige um olhar novo, uma defesa diferente, construída com provas e argumentos na medida exata. Falou com firmeza sobre o papel do advogado criminalista: quem garante o sagrado direito de defesa.
A recepção foi conduzida pelas comissões da Advocacia Criminal, de Execução Penal e do Sistema Carcerário. Também estiveram presentes membros da diretoria da OAB/MS, da CAAMS e do Conselho Federal. Durante as falas institucionais, foram lembradas as lutas da advocacia criminal, como o respeito às prerrogativas e o enfrentamento diário de um sistema que ainda tem traços autoritários.
A vice-presidente da OAB/MS, Marta do Carmo Taques, destacou a presença feminina na área criminal. Disse que é uma conquista recente e importante. Outros dirigentes reforçaram que a união da classe é o que fortalece a atuação em momentos difíceis. O conselheiro Federal Mansour Elias Karmouche lembrou que a advocacia criminal é, muitas vezes, a mais exposta e a que mais precisa de proteção institucional.
O evento também marcou a posse de novos membros nas comissões organizadoras. Entre os empossados, jovens advogados e advogadas do interior e da capital. A presença deles foi tratada como sinal de renovação e continuidade.
Ao fim da palestra, o professor Messias foi aplaudido. Quem ouviu, saiu com o sentimento de que a experiência faz diferença, mas a ética, o preparo e a coragem ainda são os principais instrumentos de trabalho de quem defende no tribunal.


