
Resposta militar do Irã aos bombardeios de Israel foi classificada como "legítima e proporcional" pelo embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Saeid Iravani, durante pronunciamento à imprensa nesta segunda-feira (16), em Nova York (EUA). Segundo o representante, os ataques israelenses ultrapassaram todos os limites ao atingirem infraestruturas civis e instalações críticas no Irã.
“Continuaremos a nos defender até que as agressões de Israel terminem”, declarou Iravani.
O diplomata afirmou que hospitais e refinarias de petróleo foram alvos diretos dos bombardeios e acusou Israel de agir de forma deliberada, sem distinguir alvos civis de objetivos militares.
Reação iraniana e apelo à ONU - De acordo com Iravani, a ofensiva do Irã contra Tel Aviv foi uma resposta à violação da soberania nacional. Apesar do tom firme, o embaixador reforçou que Teerã não tem interesse em ampliar o conflito, mas está determinado a proteger sua integridade territorial.
“Não queremos uma escalada, mas vamos proteger nossa soberania”, afirmou.
O representante alertou para o risco de uma crise humanitária e citou ainda a possibilidade de vazamento radioativo, causado por ataques israelenses próximos a usinas nucleares iranianas. Segundo ele, a situação foi "rapidamente contida", mas representa um perigo grave para a segurança regional.
Iravani também responsabilizou os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, pela escalada de violência no Oriente Médio. Ele cobrou uma resposta firme do Conselho de Segurança da ONU, e defendeu que o órgão condene "o agressor e sua agressão", em referência ao governo de Tel Aviv.
Contexto tenso no Oriente Médio - O episódio ocorre em meio a uma crescente deterioração das relações entre Teerã e Tel Aviv, com o risco de que o conflito ultrapasse as fronteiras dos dois países e envolva outras nações da região. Os recentes confrontos diretos representam uma nova fase na já longa disputa entre Israel e Irã, com potencial para desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

