tjms
SEGURANÇA PÚBLICA

Invasão a escritório levanta nova discussão sobre violência em Campo Grande

Após arrombamento em sede comunitária, vereador Flávio Cabo Almi cobra mais medidas e fala em sensação de insegurança crescente na capital

15 julho 2025 - 20h55Da Redação
Para Flávio Cabo Almi, insegurança cresce e precisa de resposta urgente dos poderes públicos
Para Flávio Cabo Almi, insegurança cresce e precisa de resposta urgente dos poderes públicos - (Foto: Divulgação)

O que era para ser apenas um ponto de escuta e acolhimento à comunidade se transformou, nesta semana, em cenário de preocupação. O escritório de atendimento do vereador Flávio Cabo Almi, no bairro Alves Pereira, foi invadido — e, apesar de o prejuízo ter sido apenas material, o episódio reacendeu um debate antigo, mas nunca resolvido, sobre segurança pública em Campo Grande.

Canal WhatsApp

Mantido com o mesmo zelo que o pai, o saudoso deputado estadual Cabo Almi, dedicava ao local, o espaço sempre funcionou como uma ponte entre a população e o poder público. Agora, também carrega as marcas da violência urbana.

“Essa sensação constante de insegurança tem tomado conta da nossa cidade”, afirmou Flávio após o ocorrido, que foi imediatamente comunicado à Guarda Municipal. A Polícia Militar também foi acionada e as investigações seguem em andamento.

Criminalidade espalhada - O vereador, que também é policial militar da reserva, destaca que o problema da segurança vai além de furtos pontuais. Ele chama atenção para o crescimento de crimes como roubos e arrombamentos, muitos deles cometidos por pessoas em situação de vulnerabilidade ou em surto decorrente do uso de drogas.

“Hoje, muitos campo-grandenses vivem com medo de sair de casa ou até de manter seus comércios abertos”, afirmou. Segundo Flávio, a presença de usuários em surto é notada em várias regiões da cidade — um reflexo do abandono das políticas públicas de acolhimento e tratamento.

Para ele, a questão deixou de ser pontual. “Há dez anos, o problema se concentrava na região do Nhanhá. Hoje está espalhado por toda Campo Grande. E se nada for feito, em mais dez anos, a cidade estará completamente tomada”, alertou.

Propostas e entraves - A solução, na visão do vereador, exige união entre os poderes e coragem política. Ele defende, por exemplo, a internação compulsória de dependentes químicos como uma medida extrema, mas necessária. “Já votamos um projeto sobre isso na Câmara, mas esbarramos em limitações legais. É preciso que o Congresso Nacional reveja essa legislação para dar respaldo às prefeituras”, explica.

Flávio reforça que seguirá cobrando das autoridades mais estrutura, efetivo e presença das forças de segurança nas ruas, mas ressalta que, sem ações sociais firmes e políticas públicas efetivas, o problema continuará batendo à porta — como aconteceu com seu próprio escritório.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas