
O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu para 41 nesta quarta-feira (15), segundo novo boletim do Ministério da Saúde. O total representa um aumento em relação aos 32 casos registrados no último levantamento, divulgado na segunda-feira (13). O número de mortes também aumentou: agora são oito óbitos confirmados.

Entre as novas vítimas, duas mortes ocorreram em Pernambuco e uma em São Paulo, estado que agora concentra seis dos oito óbitos registrados. Além dos casos confirmados, outras 10 mortes estão sob investigação: quatro em São Paulo, três em Pernambuco, uma na Paraíba, uma no Mato Grosso do Sul e uma no Paraná.
Mais de 100 casos em investigação - Além dos 41 casos confirmados, o boletim informa que ainda há 107 notificações em análise por possível intoxicação com metanol. Outras 489 suspeitas já foram descartadas pelas autoridades de saúde.
O estado de São Paulo é o epicentro da situação, concentrando 60,81% dos registros. São 33 casos confirmados e 57 ainda sob investigação. O estado foi o primeiro a identificar os casos, seguido pelo Paraná e Rio Grande do Sul. Agora, Pernambuco também aparece com três confirmações e 31 notificações sendo apuradas.
Avanço da crise e alerta das autoridades - A rápida progressão dos casos tem acendido o alerta em vários estados. A ingestão de metanol, substância altamente tóxica usada geralmente como solvente industrial, pode provocar sérios danos à saúde, incluindo cegueira, falência renal e morte.
Embora ainda não haja informações oficiais sobre a origem do metanol nos casos registrados, autoridades de saúde estão investigando possíveis ligações com o consumo de bebidas adulteradas ou outros produtos contaminados.
O Ministério da Saúde reforçou que o metanol não é seguro para consumo humano em nenhuma quantidade e que qualquer suspeita de intoxicação deve ser imediatamente reportada ao sistema de saúde.
Investigação em andamento - As secretarias estaduais e municipais de saúde, junto com o Ministério da Saúde e a Anvisa, seguem monitorando os casos e investigando as possíveis causas do surto. Ainda não foi divulgado um padrão comum entre os pacientes, o que torna as investigações mais complexas.
Enquanto isso, autoridades pedem que a população evite o consumo de produtos de procedência duvidosa, principalmente bebidas alcoólicas artesanais ou sem registro oficial.
