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ENEM 2025

Inep anula 3 questões do Enem após suspeita de vazamento; PF investigará caso

Itens semelhantes aos divulgados por estudante nas redes foram eliminados para garantir "lisura e isonomia", diz ministro Camilo Santana

18 novembro 2025 - 22h00Adriana Victorino, colaborou Renata Cafardo
O Ministro da Educação, Camilo Santana; Enem teve três questões anuladas.
O Ministro da Educação, Camilo Santana; Enem teve três questões anuladas. - (Foto: Angelo Miguel/MEC)

Três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 foram anuladas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) após suspeitas de vazamento. A decisão foi confirmada nesta terça-feira (18) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que justificou a medida como forma de preservar a lisura e isonomia da prova.

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As questões anuladas, segundo o MEC, apresentavam "similitudes" com perguntas exibidas dias antes da aplicação do exame pelo estudante de Medicina e professor de cursinho Edcley S. Teixeira, do Ceará. Nas redes sociais, Teixeira detalhou questões próximas às que caíram no Enem e explicou que utilizava uma técnica chamada "engenharia reversa" para prever conteúdos com base em provas anteriores.

“Determinei à equipe técnica do Inep uma análise imediata após o ruído nas redes sociais. Eles concluíram que havia necessidade de anular três itens para garantir a equidade da avaliação”, afirmou Camilo Santana em entrevista à TV Verdes Mares, no Ceará.

O caso ganhou repercussão nacional e levantou suspeitas sobre a segurança da prova. Teixeira alegou ter memorizado questões aplicadas em uma avaliação anterior, chamada Prêmio Capes Talento Universitário, e as usou como base para simular possíveis questões do Enem com seus alunos. Segundo ele, as provas da Capes utilizam um padrão semelhante ao da avaliação nacional.

Embora o MEC não confirme oficialmente, fontes revelaram ao Estadão que o Prêmio Capes, de fato, utiliza questões pré-testadas pelo Inep, que poderiam ser aproveitadas posteriormente no Enem. Esses pré-testes, no entanto, são sigilosos e exigem cláusulas de confidencialidade por parte dos participantes.

Diante das suspeitas, o Inep acionou a Polícia Federal para investigar a autoria e a divulgação dos conteúdos semelhantes às questões do Enem, além de apurar eventual quebra de sigilo ou uso indevido de material reservado. O instituto também quer a responsabilização de envolvidos que possam ter agido de má-fé.

"Acionamos a PF porque os envolvidos em pré-testes assinam termos de confidencialidade. Precisamos saber se houve quebra de protocolo ou violação de conduta", completou o ministro Camilo Santana.

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