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EXPORTAÇÕES

Com aviões, satélites e radares, Brasil já exporta defesa para 140 países

Setor cresceu em 2025 e já soma mais de US$ 1,3 bilhão em vendas para o exterior

8 julho 2025 - 15h58Redação
Indústria de defesa do Brasil já exporta para 140 países e bate US$ 1,31 bilhão no 1º semestre de 2025.
Indústria de defesa do Brasil já exporta para 140 países e bate US$ 1,31 bilhão no 1º semestre de 2025. - (Foto: Divulgação)

Quase despercebido por boa parte da população, o setor de defesa do Brasil vem crescendo de forma silenciosa e rápida. No primeiro semestre deste ano, o país já exportou US$ 1,31 bilhão em produtos e serviços militares — valor que representa 73% do total registrado em todo o ano de 2024, que foi o melhor dos últimos 11 anos.

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Hoje, a Base Industrial de Defesa (BID) brasileira fornece para cerca de 140 países, espalhados por todos os continentes. Aeronaves e suas peças representam o maior volume das vendas, com 34% do total exportado.

Mas não é só isso: a indústria também oferece radares, satélites, sistemas de comunicação seguros, softwares para proteção de dados e embarcações. São 2.064 produtos cadastrados no Ministério da Defesa, fabricados por 283 empresas nacionais.

De acordo com o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, o crescimento está ligado à qualidade dos produtos, apoio do governo na promoção internacional e ao investimento constante em novas tecnologias.

“Temos ajudado nas exportações, garantindo o desenvolvimento tecnológico, financiamentos, seguros e divulgação dos nossos produtos”, disse o secretário.

Segundo o governo, atualmente o Brasil domina 42% das tecnologias estratégicas para a área militar. A meta é chegar a 55% em 2026 e alcançar 75% até 2033. Isso vai permitir que o país seja cada vez mais autônomo em projetos das Forças Armadas, sem depender de outros países.

O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou em fevereiro, durante o lançamento do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que a Missão 6 do plano é justamente acelerar o domínio dessas tecnologias, como foguetes, satélites e sistemas de rastreamento.

E esse avanço traz resultados concretos: o setor já representa 3,58% do PIB e gera cerca de 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos.

“O mundo reconhece a qualidade dos nossos produtos. Isso ajuda a manter a Base Industrial de Defesa forte e pronta para apoiar as Forças Armadas quando for necessário”, completou Heraldo Luiz.

Além da geração de empregos e das vendas externas, o setor também tem papel importante na segurança cibernética e na proteção de dados sensíveis, tanto do governo quanto da população.

Ao contrário do que muita gente pensa, a indústria de defesa não se resume a tanques e armas. Hoje ela é também feita de engenheiros, programadores, técnicos e cientistas que trabalham para que o Brasil possa proteger suas informações, seus espaços e, claro, gerar receita e emprego com isso.

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