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A indústria da construção civil em Mato Grosso do Sul estima crescer em torno de 3,5% durante 2014, planejando marcar em torno de R$ 2,33 bilhões, pouco superior ao faturamento de R$ 2,26 bilhões, obtido no ano passado. A estimativa, apesar da alta, mantém o mesmo índice de 2013, com possibilidade de retração, aponta o presidente do Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, que representa 2.661 estabelecimentos, com 40.154 industriários.
O presidente explica o porque das previsões que aponta até crescimento mais estagnação na pratica, devido a alguns problemas, como o setor enfrentar entraves com o governo. “Temos muita demora em relação às licenças ambientais, licenças construtivas, alvarás, habites e registro de imóveis. Isso tem atrapalhado o segmento e, por isso, o empresariado entra o ano ainda receoso”, disse.
Melo aponta que outro fator que tem freado um crescimento maior do segmento é a relação de mercado, com preços maiores de gastos, mas sem reajustes nos ganhos. "Os preços estão inadequados à realidade do mercado, principalmente no que diz respeito às obras públicas. A burocracia é muito grande, os preços precisam ser corrigido", pontuou.
O representante do sindicato lembra que apesar de tudo, o Sinduscon/MS tem atuado para enfrentar os gargalos do setor, para melhorar a situação ou no mínimo não retrair mais e na pratica piorar a situação. “Buscamos contato com os secretários de Obras e de Habitação do Estado para tratar dos preços e a desburocratização dos serviços. Temos, por exemplo, uma reunião, que está agendada para o início do ano ainda, onde esperamos visualizar um novo cenário para o segmento”, afirmou.
Qualificação
Hoje, Mato Grosso do Sul tem 2.661 estabelecimentos no segmento da indústria da construção civil, que juntos empregam 40.154 industriários, conforme dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
No entanto, ainda de acordo com Amarildo Melo, a indústria da construção teve um momento de grande dificuldade que foi a década de 90, considerada perdida. “Hoje, apesar de tudo, ainda estamos em um bom momento e para dar continuidade a isso e crescer é preciso que seja criado um melhor ambiente de negócios, melhorando a infraestrutura”, declarou.
O presidente do Sinduscon/MS acrescenta também que, quanto mais pessoas qualificadas o segmento tiver tivermos, mais trabalhadores estarão empregados, isso porque as indústrias da construção civil necessitam de mão de obra especializada. “A Fiems, por meio do Senai, trabalha junto ao segmento na capacitação de mão de obra na área de eletricista, pintor e pedreiro, mas a nossa demanda é muito grande e ainda não conseguimos suprir a maioria dessa demanda”, destacou.
