Um incêndio de grandes proporções destruiu sete prédios residenciais no distrito de Tai Po, em Hong Kong, e deixou ao menos 128 mortos. O fogo começou na quarta-feira (26) e levou mais de 40 horas para ser controlado, conforme informações do Corpo de Bombeiros. Ainda há cerca de 200 pessoas desaparecidas, incluindo 89 corpos não identificados.
Os prédios, com 31 andares cada, estavam em reforma. Investigações apontam que painéis de espuma plástica, altamente inflamáveis, e andaimes cobertos por redes facilitaram a propagação das chamas. Alarmes de incêndio falharam em alguns apartamentos. O incêndio é o mais mortal registrado na cidade desde 1996.
Nesta sexta-feira (28), as autoridades confirmaram a prisão de oito pessoas ligadas à obra: engenheiros, gerentes de projeto e subempreiteiros. Outros três já haviam sido detidos por suspeita de homicídio culposo. A Comissão Anticorrupção apreendeu documentos e registros bancários durante as investigações.
Mais de 2.300 profissionais atuaram no resgate, incluindo bombeiros e paramédicos. Doze bombeiros ficaram feridos e um morreu durante a operação. A maioria dos moradores do complexo era idosa. Entre as vítimas confirmadas, há dois trabalhadores migrantes da Indonésia e outros 11 continuam desaparecidos.
O governo de Hong Kong decretou luto oficial até 1º de dezembro. Um minuto de silêncio será liderado pelo chefe do Executivo, John Lee, neste sábado. As autoridades também anunciaram que farão inspeções em prédios que estejam em obras para evitar novos desastres.
