Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
18 de outubro de 2025 - 01h06
maracaju outubro rosa
TECNOLOGIA JURÍDICA

'IA não substitui, mas empodera o advogado', afirma comissão de inovação da OAB/MS

Encontro debateu o papel da tecnologia na rotina forense e reforçou que o conhecimento jurídico ainda é insubstituível

17 outubro 2025 - 15h15Redação
Comissão da OAB/MS reforça que IA acelera rotinas, mas não substitui conhecimento jurídico nem sensibilidade do advogado.
Comissão da OAB/MS reforça que IA acelera rotinas, mas não substitui conhecimento jurídico nem sensibilidade do advogado. - (Foto: Divulgação)

A inteligência artificial (IA) pode até escrever textos, analisar documentos e organizar informações em segundos. Mas sem o conhecimento do advogado por trás, ela não passa de uma ferramenta. Esse foi o principal recado da reunião da Comissão de Inovação e Tecnologia Jurídica (CITJ) da OAB/MS, realizada na noite da última quarta-feira (15), em Campo Grande.

Canal WhatsApp

O encontro teve como tema “Inteligência Artificial aplicada ao Direito: Análise Automatizada e Classificação Inteligente de Subsídios” e contou com a palestra da advogada Samara Moreira de Oliveira, uma das novas integrantes da comissão.

Durante a apresentação, Samara falou sobre como a tecnologia pode ser usada para melhorar o dia a dia da advocacia, sem substituir o trabalho humano, que depende da interpretação da lei, da leitura do caso concreto e da sensibilidade jurídica. “Com o uso adequado de ferramentas tecnológicas, é possível reduzir o tempo de análise de documentos de 40 minutos para apenas 5, sem perder qualidade”, explicou.

Ela reforçou que a IA pode ajudar, mas não funciona sozinha. Se o advogado não souber o que procurar, a tecnologia apenas devolve dados vazios. “Sem conhecimento jurídico, a IA não serve para nada”, alertou.

Posse de novos membros e troca de experiências - A reunião foi conduzida pela presidente da Comissão, Leide Dias, que aproveitou o encontro para dar posse às novas integrantes: Jamille Pesquero Deghaiche, Samara Moreira de Oliveira e Camila Denise Molina Soares.

Segundo Leide, o encontro foi produtivo e trouxe reflexões práticas para a atuação diária dos advogados. “A inteligência artificial veio para ser uma aliada do advogado. Mas se ele não dominar a técnica, se não souber direito, a ferramenta não terá utilidade. A IA só é útil se for usada com estratégia e conhecimento”, afirmou.

Ela destacou ainda que, ao automatizar tarefas repetitivas, como leitura de documentos ou organização de peças, a tecnologia dá ao profissional mais tempo para se dedicar ao que realmente importa: entender o cliente, montar estratégias, criar soluções.

Tecnologia e advocacia lado a lado - A Comissão de Inovação e Tecnologia Jurídica da OAB/MS vem promovendo discussões periódicas sobre as transformações no mundo jurídico. O objetivo é orientar os advogados sobre como usar novas tecnologias de forma ética, eficiente e estratégica — sem perder a essência da profissão.

A reunião desta semana reforçou que a inteligência artificial é uma ferramenta, e não uma ameaça. E que o verdadeiro diferencial do advogado continua sendo aquilo que nenhuma máquina consegue copiar: o raciocínio jurídico, a interpretação da lei e a sensibilidade humana diante de um problema real.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop