
Quando você toma um quentão em uma festa junina, talvez nem imagine que essa bebida existe há mais de dois mil anos. A primeira versão apareceu lá atrás, na Europa, no tempo do Império Romano, onde era comum beber vinho quente com especiarias para espantar o frio.

Séculos depois, os portugueses trouxeram essa ideia ao Brasil, ainda como vinho quente. Mas aqui, com tanta cana-de-açúcar e cachaça à vontade, o povo resolveu trocar o vinho pelo destilado brasileiro. E assim nasceu o quentão como a gente conhece hoje: mais forte, mais quente, mais nosso.
Em cada canto do Brasil, o quentão ganhou uma cara diferente. No Sul, muita gente ainda faz com vinho tinto, como os italianos faziam. Já no Norte e no Nordeste, o quentão com cachaça é o mais comum. Mas tem algo que nunca muda: o cheirinho bom de gengibre, cravo e canela, subindo da panela e tomando conta da festa.
Quentão é mais do que bebida: é lembrança, é aconchego, é tradição. Acompanha fogueira, quadrilha, milho assado e risada boa. Pode ser feito em casa com ingredientes simples — que você encontra fácil em mercados como Fort Atacadista e Comper.
Tem gente que prefere o quentão mais forte, outros gostam mais doce. Tem quem adicione frutas, ou quem faça questão de seguir a receita da avó. O importante é que, seja qual for o jeito, o quentão ainda aquece as festas e o coração de muita gente.

Como fazer o quentão com cachaça:
Ingredientes:
½ litro de cachaça
500 ml a 1 litro de água
1 xícara de açúcar
150 g de gengibre em pedaços
5 a 7 paus de canela
1 colher de chá de cravo-da-índia
Modo de preparo: Derreta o açúcar na panela, adicione o gengibre, a canela e o cravo. Depois coloque a cachaça e a água. Deixe ferver por 25 a 35 minutos. Menos água = quentão mais forte!
Como fazer o quentão com vinho:
Ingredientes:
750 ml de vinho tinto
1 a 2 litros de água
1 ½ xícara de açúcar
4 rodelas de gengibre
1 laranja ou limão fatiado
Cravo e canela a gosto
Modo de preparo: Ferva vinho, água e açúcar. Depois acrescente os demais ingredientes e ferva por mais 10 minutos.
O quentão pode até ter vindo de longe, mas virou brasileiro de coração. Nas noites frias de junho e julho, com bandeirinhas no alto e fogueira acesa, ele segue firme: fumegando na panela, servindo tradição em forma líquida.
