
Os últimos 20 reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas foram libertados nesta segunda-feira (13), encerrando dois anos de sequestro na Faixa de Gaza. O grupo era formado por homens e mulheres que sobreviveram ao ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, quando militantes invadiram o sul de Israel, matando civis e levando dezenas de pessoas. Todos os libertados já retornaram ao território israelense, segundo o governo local.

Entre os libertados estão soldados, civis e estrangeiros com dupla nacionalidade. Muitos foram capturados durante o festival de música Nova, palco de um dos episódios mais violentos da ofensiva — onde cerca de 370 pessoas foram mortas. Outros foram sequestrados em kibutz, comunidades próximas à fronteira com Gaza.
Um dos casos mais emblemáticos é o do suboficial Matan Angrest, de 22 anos, capturado em seu tanque após tentar impedir a entrada de combatentes islâmicos. Seus três companheiros morreram durante o ataque. Em um vídeo divulgado meses depois, Matan aparece ferido, cercado por militantes.
Os gêmeos Gali e Ziv Berman, de 28 anos, também estão entre os libertados. Eles foram sequestrados no kibutz Kfar Aza, incendiado pelos comandos do Hamas. Músicos e produtores, os dois sobreviveram, enquanto familiares escaparam do ataque.
Outro refém que ganhou notoriedade foi Elkana Bohbot, 36, produtor do festival Nova. Ele foi visto em vídeos do Hamas visivelmente enfraquecido e ferido. Bohbot é casado com uma israelense de origem colombiana e foi pai durante o cativeiro.
Entre os libertados estão ainda Rom Braslavski (21), responsável pela segurança do festival; Nimrod Cohen (21), capturado junto com colegas do Exército; e os irmãos David e Ariel Cunio, israelenses-argentinos sequestrados em Nir Oz junto com familiares. A esposa e as filhas de David haviam sido libertadas em 2023, durante uma trégua.
Durante o cativeiro, diversos vídeos e “provas de vida” foram divulgados pelo Hamas, mostrando reféns debilitados, feridos ou sob coerção. Alguns, como Guy Gilboa-Dalal (24) e Evyatar David (24), apareceram em gravações dentro de túneis, enquanto outros, como Omri Miran (48) e Eitan Mor (25), se tornaram símbolos de resistência e esperança para familiares que nunca interromperam as buscas.
Outros nomes da lista incluem Maxim Herkin (37), israelense-russo; Eitan Horn (39), sequestrado com o irmão no kibutz Nir Oz; Segev Kalfon (27); Bar Kuperstein (23); Alon Ohel (24), pianista com dupla cidadania sérvia e alemã; Avinatan Or (32), engenheiro israelense-britânico; e Matan Zangauker (25), trabalhador agrícola sequestrado junto da parceira.
A libertação encerra um período de 738 dias de cativeiro, marcado por negociações, protestos e apelos de familiares em todo o mundo. O governo israelense confirmou que todos os libertados estão recebendo atendimento médico e psicológico.
