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14 de dezembro de 2025 - 17h51
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CONFLITO EM GAZA

Hamas confirma morte de comandante ligado ao ataque de 7 de outubro

Israel afirma que Raed Saad foi morto em operação após explosivo ferir soldados no sul da Faixa de Gaza

14 dezembro 2025 - 15h30Associated Press*
Ataque aéreo israelense em Gaza matou Raed Saad, comandante do Hamas ligado ao ataque de 7 de outubro.
Ataque aéreo israelense em Gaza matou Raed Saad, comandante do Hamas ligado ao ataque de 7 de outubro. - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

O grupo palestino Hamas confirmou neste domingo (14) a morte de Raed Saad, um de seus comandantes de alto escalão em Gaza, apontado como responsável pela produção de armas e pela reestruturação da organização após o início da guerra com Israel. O governo israelense havia anunciado no sábado (13) que Saad foi morto em um ataque aéreo no sul do território palestino, após dois soldados terem sido feridos por um explosivo no local.

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Segundo o Exército de Israel, Raed Saad era considerado um dos principais arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando civis e soldados, e levando dezenas de reféns. O episódio foi o estopim da guerra em Gaza, que já dura mais de um ano.

Em nota, Israel afirmou que o comandante estava "ativamente envolvido na reconstrução da organização terrorista", o que violaria o cessar-fogo firmado há cerca de dois meses. O Hamas confirmou a morte de Saad e anunciou a nomeação de um novo comandante para o posto, sem divulgar detalhes sobre sua identidade.

Ataque matou quatro e feriu outros três - A operação que matou Raed Saad aconteceu a oeste da Cidade de Gaza, e deixou ao menos quatro mortos, segundo relato de um jornalista da Associated Press que viu os corpos sendo levados ao Hospital Shifa. Outras três pessoas ficaram feridas, de acordo com o Hospital Al-Awda. O Hamas afirmou, em comunicado, que o veículo atingido no ataque era civil.

O incidente ocorre em meio à retomada das hostilidades, apesar do cessar-fogo técnico ainda em vigor. Dados de autoridades de saúde palestinas indicam que pelo menos 391 palestinos foram mortos em ataques israelenses desde a entrada em vigor do acordo. Israel, por sua vez, justifica os bombardeios recentes como resposta a ataques militantes contra suas tropas.

'Linha Amarela' volta a ser zona de confronto - Nos últimos dias, confrontos vêm sendo registrados na chamada "Linha Amarela", área que separa a zona controlada por Israel no norte da Faixa de Gaza do restante do território. Tropas israelenses têm disparado contra palestinos que se aproximam da região, sob alegação de risco de novos ataques.

As tensões voltaram a se intensificar após uma série de emboscadas e a circulação de milicianos armados em áreas próximas a soldados israelenses. O governo de Israel sustenta que, apesar do cessar-fogo, o Hamas continua realizando movimentações militares, armazenando armas e preparando novas ofensivas.

A morte de Raed Saad reacende o debate sobre a fragilidade do acordo de cessar-fogo, firmado com mediação internacional, que até o momento não conseguiu interromper os confrontos de forma consistente. Para Israel, a retomada dos ataques é uma questão de segurança. Para autoridades palestinas e organizações internacionais, as ações têm agravado ainda mais a crise humanitária no território, já devastado pelos bombardeios e pelo bloqueio imposto ao longo do conflito.

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