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ACORDO POR CESSAR-FOGO

Hamas acusa Netanyahu de impor obstáculos nas negociações por cessar-fogo em Gaza

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou hoje no Oriente Médio para tentar acelerar as negociações

18 agosto 2024 - 15h55André Marinho
Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu - (Foto: Gil Cohen-magen/AP)

O Hamas acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de impor obstáculos para o fechamento de um acordo por cessar-fogo na guerra em andamento na Faixa de Gaza.

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Em comunicado divulgado nas redes sociais, o grupo extremista palestino disse que, após a mais recente rodada de negociações no Catar, chegou a conclusão de que Netanyahu estabelece novas demandas e condições para atrapalhar os esforços dos mediadores e prolongar o conflito.

O Hamas acrescentou que as propostas mais recentes se alinham completamente aos termos de Netanyahu, especialmente a "recusa dele" em assegurar um cessar-fogo permanente, a retirada das tropas de Gaza e a insistência pela ocupação de Rafah.

"Consideramos Netanyahu totalmente responsável pelo fracasso dos esforços dos mediadores, pela obstrução à obtenção de um acordo e pela total responsabilidade pelas vidas dos seus prisioneiros que enfrentam o mesmo perigo que o nosso povo", diz a nota.

O comunicado expõe os desafios nas discussões por uma trégua na guerra se arrasta desde outubro do ano passado. As conversas indiretas têm sido mediadas em conjunto por EUA, Catar e Egito. Na sexta-feira, o presidente americano, Joe Biden, chegou a demonstrar otimismo de que um acordo estaria próximo. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou hoje no Oriente Médio para tentar acelerar as negociações.

Mais cedo, Netanyahu defendeu que a pressão pelo cessar-fogo deve ser direcionada ao Hamas, não ao governo de Israel. "Pressão militar e diplomática forte são o caminho para assegurar a libertação de nossos reféns", disse.

O premiê garantiu que o país está preparado para qualquer ameaça, seja de forma ofensiva ou defensiva. "Estamos determinados a nos defender e impor um preço muito alto a qualquer inimigo que ousar nos atacar", afirmou.

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