
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Operação Carbono Oculto, deflagrada na semana passada, marca um avanço importante no combate ao crime organizado no Brasil. Segundo ele, a ação foi bem-sucedida não apenas pelo volume de recursos apreendidos, mas também pela integração entre diferentes órgãos do Estado.

Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na RedeTV!, Haddad destacou que a operação uniu Ministério Público, Receita Federal, Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). “As ações do crime organizado eram uma trama só. E o Estado precisa se reorganizar para enfrentar isso”, disse.
O ministro ressaltou que a operação foi fruto de uma intuição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, de que apenas a cooperação entre instituições seria capaz de enfrentar as facções.
Ele aproveitou para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança, que está em discussão e foi elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O texto prevê maior integração entre os órgãos responsáveis pela segurança pública, respeitando as atribuições de cada um.
“Aí, sim, nós vamos estar organizados no nível que o crime atingiu”, afirmou Haddad, ao reforçar que a criminalidade organizada exige novas formas de atuação do Estado.
A investigação revelou movimentações bilionárias em fundos ligados a organizações criminosas. Para Haddad, além do impacto financeiro, a operação deixa um legado de cooperação institucional. “Encontrou-se um caminho promissor no combate ao crime”, completou.
