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ASSISTÊNCIA SOCIAL

Pestalozzi enfrenta fila de espera e recorre à solidariedade para manter atendimentos

Presidente da instituição, Gyselle Tannous, destaca desafios no atendimento especializado e anuncia bazar beneficente com peças a R$ 30

22 agosto 2025 - 15h01Redação
Gyselle Tannous no programa Giro Estadual de Notícias
Gyselle Tannous no programa Giro Estadual de Notícias - (Foto: Arquivo/A Crítica)
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Na manhã desta sexta-feira (22), o estúdio da Central de Jornalismo do Grupo Feitosa de Comunicação, em Campo Grande, recebeu uma visitante que fala com o coração. Gyselle Tannous, presidente da Associação Pestalozzi da capital sul-mato-grossense, foi a entrevistada do Giro Estadual de Notícias, programa que chega, simultaneamente, a dezenas de municípios do estado.

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Durante a entrevista, Gyselle Tannous explicou o que move a instituição que lidera. Há 46 anos, a Pestalozzi oferece, gratuitamente, educação, saúde e assistência social para pessoas com deficiência. “Temos mais de 700 atendidos diretos, além de suas famílias”, contou. O número impressiona. E por trás dele está uma rotina silenciosa, de muito trabalho.

Um dos pontos altos da conversa foi a apresentação da Casa de Helena, abrigo recém-inaugurado que acolhe crianças de 0 a 12 anos que perderam o vínculo com suas famílias por situações graves — como violência doméstica ou abuso sexual. Lá, essas crianças recebem cuidado, abrigo e a chance de recomeçar. “É um lar de verdade, onde elas esperam uma nova família ou a possibilidade de voltar à de origem, se houver condições”, disse.

Gyselle Tannous também compartilhou histórias que não costumam ocupar o noticiário diário. Como a de uma criança com deficiência que, aos dois anos, foi visitada por um casal interessado em adoção. Ou a de um menino de sete que reencontrou proteção após anos de abandono. “São cenas de muito amor”, resumiu a presidente, em tom firme, mas emocionado.

A entrevista seguiu com temas delicados, como as longas filas de espera por atendimento especializado — que podem durar até um ano. Ela destacou que o apoio da comunidade e o trabalho de voluntários são fundamentais para que a Pestalozzi continue. “Às vezes, doar um pouco do tempo já ajuda. Uma habilidade, uma ideia, uma escuta.”

Entre falas e reflexões, Gyselle também trouxe um convite: no próximo dia 6 de setembro, o Bazar Legal acontecerá no estacionamento do Tribunal de Justiça, em Campo Grande. A ação é fruto de uma parceria com a Receita Federal e vai vender roupas apreendidas — todas novas — por R$ 30. A renda será totalmente revertida para quatro instituições, entre elas a própria Pestalozzi. “É roupa de qualidade. Cada peça comprada ajuda uma história a continuar.”

O evento será das 8h às 17h, e quem quiser participar deve levar CPF. O pagamento pode ser feito via Pix, débito ou dinheiro. Cartão de crédito não será aceito, e o limite é de cinco peças por categoria de produto.

Com transmissão estadual e destaque nas redes sociais, a entrevista de Gyselle Tannous mostrou, mais do que dados e projetos, o poder da escuta. E como, mesmo em meio às dificuldades, é possível construir algo maior — com afeto, com responsabilidade e com um pouco de cada um.

Confira como foi a entrevista completa com Gyselle Tannous no programa Giro Estadual de Notícias:

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