
Na terça e quartafeira (09 e 10 de dezembro), os aeroportos da região metropolitana de São Paulo enfrentaram um dos maiores “apagões de voos” dos últimos tempos. A ventania que passou pelo estado causou cancelamentos generalizados, atrasos e confusão nos saguões.
Tudo começou quando rajadas de vento, em alguns momentos chegando próximo de 100 quilômetros por hora, atingiram a malha aérea paulista. Esse fenômeno foi provocado por um ciclone extratropical que passou pela região. Com o vento forte, companhias aéreas tiveram que cancelar voos por razões de segurança, e passageiros ficaram nas filas, esperando por informações em painéis e balcões.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, o principal de São Paulo, 117 voos foram cancelados até o início da manhã de quintafeira (11). No Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, o impacto foi ainda maior, com 248 cancelamentos registrados no total nesses dois dias.
Os saguões ficaram cheios de passageiros que tinham planos de viagem e precisaram mudar de horário ou remarcar bilhetes. Administradores dos aeroportos e equipes das companhias tentaram reorganizar a malha aérea enquanto o tempo melhorava. Em Congonhas, o aeroporto decidiu estender o horário de operação em uma hora na quintafeira para tentar recuperar parte dos voos atrasados. Em vez de encerrar as atividades à noite, o terminal manteve chegadas e partidas programadas até meianoite.

Infográfico mostra os efeitos do ciclone extratropical que causou o cancelamento de 365 voos na Grande São Paulo.
Ao mesmo tempo, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do governo federal responsável por fiscalizar relações entre empresas e consumidores, anunciou que começou um processo de apuração contra as companhias aéreas. A finalidade é verificar se houve danos ao público que comprou passagens e foi afetado pelos cancelamentos.
A situação teve início na quartafeira, quando os primeiros cancelamentos começaram a aparecer nos painéis. Uma das administradoras do aeroporto de Congonhas, a empresa que cuida das operações, informou que a maior parte das interrupções ocorreu por causa da combinação de ventos fortes e ajustes no calendário de partidas e chegadas. Segundo a empresa, na quartafeira foram canceladas 88 chegadas e 93 partidas.
Muita gente que planejava viajar precisou esperar e reagendar rotas, então o impacto vai além dos números. A combinação de vento forte, aeroportos cheios e mudanças nas operações deixou um rastro de transtornos em São Paulo naqueles dois dias de dezembro.

