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Prefeitura e Consórcio Guaicurus intensificam negociações para evitar paralisação do transporte

Gestão municipal e concessionária trabalham para manter ônibus em operação e atender usuários

11 dezembro 2025 - 17h15Da Redação
Negociações entre prefeitura e Consórcio Guaicurus buscam evitar greve no transporte coletivo marcada para 15 de dezembro.
Negociações entre prefeitura e Consórcio Guaicurus buscam evitar greve no transporte coletivo marcada para 15 de dezembro. - (Foto: Reprodução)

Em Campo Grande, a Prefeitura e o Consórcio Guaicurus aceleraram conversas nesta semana para evitar uma nova paralisação do transporte coletivo. A preocupação surgiu depois que motoristas ameaçaram entrar em greve a partir de segunda-feira (15 de dezembro), caso salários e outros pagamentos não fossem regularizados.

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A ameaça de paralisação teve origem em uma assembleia geral realizada na madrugada de quinta, dia 11. Nela, os trabalhadores decidiram que poderiam não trabalhar se o Consórcio não executasse o pagamento do salário referente ao 5º dia útil de dezembro, que já está atrasado. Eles também apontaram para outras duas parcelas que ainda vão vencer, a segunda parte do 13º salário e o vale adiantado do dia 20.

O Consórcio Guaicurus reconheceu a dificuldade financeira, mas ressaltou em nota que o atraso nos repasses por parte do poder público é um fator central. A empresa explicou que não recebeu os valores devidos para o pagamento da folha, do 13º salário e dos custos básicos da operação, que incluem combustível e manutenção dos ônibus.

Segundo a concessionária, o sistema de transporte está operando no limite de sua capacidade financeira. Sem a regularização dos repasses, o Consórcio alertou que pode ficar sem condições de honrar as obrigações com os trabalhadores, o que afetaria toda a cidade.

A Prefeitura, por sua vez, afirmou que está em dia com os pagamentos ao Consórcio. Em nota divulgada à imprensa, a administração municipal disse que os compromissos financeiros foram cumpridos e que segue em diálogo constante com a concessionária. O objetivo das conversas é buscar soluções que mantenham o serviço em funcionamento sem prejudicar os milhares de passageiros que dependem dos ônibus todos os dias.

Campo Grande já passou por situações parecidas neste ano. Em 22 de outubro de 2025, os ônibus ficaram parados por duas horas na manhã de uma quarta-feira por causa de atraso no vale dos motoristas. Naquela ocasião, o serviço teve que ser reorganizado ao longo do dia para atender a população.

No final de novembro, outro atraso no pagamento do vale levou a tensão, mas o problema foi resolvido e a greve não aconteceu.

Em parte dos casos, a origem dos atrasos foi identificada na falta de repasse de valores por parte do Governo do Estado e da Prefeitura. Em outubro de 2025, foram apontados R$ 9 milhões em pendências: cerca de R$ 6 milhões do Estado e R$ 3 milhões da administração municipal. O Governo de MS chegou a explicar que tinha recursos disponíveis, mas não conseguiu transferi-los por causa de um documento que não foi emitido pela Prefeitura.

Diante desse histórico, a expectativa agora é que o pagamento seja efetuado até quarta-feira, dia 26 de dezembro de 2025. Essa ação deve evitar a paralisação e garantir que os ônibus continuem circulando normalmente.

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