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31 de outubro de 2025 - 19h02
RIO DE JANEIRO

Governo do Rio divulga lista e fichas criminais de suspeitos mortos em megaoperação

Coletiva marcada para esta sexta detalhará origens das vítimas, com mais da metade dos corpos já identificados; ONG denuncia caos no IML Afrânio Peixoto.

31 outubro 2025 - 10h55Redação
Corpos de mortos em megaoperação da polícia na zona norte do Rio; alguns cadáveres estavam com roupas camufladas.
Corpos de mortos em megaoperação da polícia na zona norte do Rio; alguns cadáveres estavam com roupas camufladas. - (Foto: Pedro Kirilos/Estadão)

O governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou para 11h desta sexta-feira (31) a apresentação da lista parcial das vítimas da megaoperação realizada na última terça (28), que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. Durante a coletiva da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro estarão presentes o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, entre outros representantes. O governo também informou que irá apresentar as fichas criminais dos suspeitos mortos e destacar quantos eram de outros estados, apontando suas origens.

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Até a tarde de quinta-feira (30), mais da metade dos 117 corpos oficialmente contabilizados já havia sido identificada e começava a ser liberada. O Instituto de Medicina Legal (IML) Instituto MédicoLegal Afrânio Peixoto, no centro do Rio, está dedicado exclusivamente à necrópsia das vítimas da operação; os casos não relacionados foram encaminhados ao IML de Niterói. Enquanto isso, o atendimento às famílias está sendo realizado em prédio do Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran) ao lado do instituto.

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou que foi impedida de acompanhar as perícias, mas mobilizou uma força-tarefa com 40 profissionais para auxiliar os familiares, até agora 106 famílias já buscaram o órgão para obter documentos, solicitar sepultamento gratuito ou fazer traslado de corpos para outros estados. Parte dos atrasos e problemas de identificação decorre da ausência de familiares para reconhecimento dos corpos.

Em paralelo, parlamentares denunciaram condições precárias no IML Afrânio Peixoto. A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL-RJ) afirmou que, enquanto famílias aguardavam do lado de fora, “dormiam na porta do IML convivendo com o cheiro dos corpos sem refrigeração.” Segundo ela, “isso não é política de segurança, é abandono estatal”.

Além disso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro está utilizando tecnologia de reconstrução digital de corpos para auxiliar nas investigações, captando com precisão lesões externas e apoiando o trabalho dos promotores.

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