
Na manhã desta quinta feira (18), durante coletiva com a imprensa, o governador Eduardo Riedel afirmou que o Governo de Mato Grosso do Sul estuda a possibilidade de antecipar a parcela de janeiro do convênio do passe estudantil estadual. A medida depende de formalização da Prefeitura de Campo Grande e é vista como uma forma de ajudar a reduzir os impactos da crise no transportecoletivo.
Segundo o governador, o pedido já foi tratado de forma preliminar com a administração municipal. “Eu disse a ela que iria ver, porque nós estamos com todo o orçamento fechado, fazendo os pagamentos e mantendo nossa capacidade de pagamento em nível bom”, afirmou Riedel.
O passe estudantil estadual funciona por meio de um convênio firmado entre o Estado e a Prefeitura, no qual o Governo assume parte do custo das passagens dos estudantes da rede estadual. O modelo existe há alguns anos e vem sendo mantido como política de apoio à permanência dos alunos nas escolas.
Em 2025, o repasse foi organizado em quatro parcelas, distribuídas entre novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Até o momento, cerca de R$ 3 milhões já foram pagos dentro do convênio. “Esse ano a gente fez em quatro vezes. Está sendo pago três milhões”, explicou o governador.
Riedel destacou que a antecipação não significa um novo gasto, mas apenas a mudança no calendário de um repasse já previsto. “Se vocês formalizarem isso para a gente hoje, a gente pode antecipar a próxima parcela, que é a de janeiro, para agora”, disse.
Segundo ele, a análise foi feita após reuniões técnicas realizadas ainda na noite anterior. “A equipe se debruçou sobre o assunto ontem à noite, a Fazenda estava envolvida, e a gente avaliou essa possibilidade”, relatou.
Caso a formalização seja feita, o convênio poderá ser ajustado. “A gente altera o convênio, porque essa antecipação já está prevista. O recurso passa para a Prefeitura e eles decidem como conduzir isso”, afirmou Riedel.
O governador ressaltou que o Estado segue atento ao cenário e disposto a colaborar dentro dos limites fiscais. “Não é só uma questão de caixa, é também de manter o equilíbrio fiscal. Mas existe sim a possibilidade”, concluiu.

