
O governo federal estuda um novo programa de distribuição de kits de TV 3.0 para famílias de baixa renda, com foco em garantir o acesso à nova tecnologia antes da Copa do Mundo de 2026. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (5), em Brasília, durante reunião do Conselho Superior da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), com apoio da Anatel e representantes do setor de radiodifusão.
A ideia é repetir o modelo usado em outras transições tecnológicas — como o desligamento da TV analógica e a migração das parabólicas — priorizando a população que está no Cadastro Único do governo federal. Os kits incluiriam os receptores da TV 3.0, que oferece imagem em 4K, som imersivo e recursos interativos.
O presidente da Anatel destacou que o projeto deve contar com articulação entre a agência, o Ministério das Comunicações e entidades como a ABERT e a SET. O objetivo é iniciar a entrega dos equipamentos já no primeiro semestre de 2026, permitindo que os beneficiários acompanhem a Copa com a nova tecnologia.
Além da distribuição dos kits, a Anatel também trabalha para garantir a faixa de 300 MHz à TV 3.0, essencial para a operação do sistema no país.
Outro ponto discutido no encontro foi o combate à pirataria. A Anatel relatou bloqueios de TV Box clandestinas, operações em redes de telecomunicação e ações em conjunto com órgãos internacionais, como a recente apreensão de uma central de pirataria em Buenos Aires, que também distribuía conteúdo ilegal para o Brasil.
O plano de massificação da TV 3.0 ainda está em fase de elaboração e será apresentado ao ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, nos próximos dias. A meta é garantir que, ao contrário das transições passadas, a nova tecnologia comece a chegar primeiro às famílias de menor renda, promovendo inclusão e acesso igualitário à informação.

