Na última quarta-feira (03 de setembro), saiu no Diário Oficial da União a notícia que muita gente esperava: os primeiros aprovados do chamado Enem dos Concursos começaram a ser nomeados. Foram 1.155 pessoas convocadas, entre elas 855 auditores-fiscais do trabalho e 300 profissionais para o Ministério da Saúde.
Essas nomeações fazem parte de um novo modelo criado pelo governo em 2024 para unificar concursos públicos. A ideia é economizar dinheiro e facilitar a vida de quem quer trabalhar para o governo. Em vez de vários concursos diferentes, agora tudo é feito de forma centralizada.
O processo foi longo. O edital saiu em janeiro de 2024. As provas seriam em maio, mas o Rio Grande do Sul enfrentou fortes enchentes e tudo foi adiado. Os testes aconteceram só em agosto. Depois vieram as correções, os recursos, a análise de títulos... e, finalmente, o resultado foi publicado em agosto de 2025.
Os auditores-fiscais que vão começar a trabalhar são responsáveis por verificar se as leis trabalhistas estão sendo cumpridas. Eles fiscalizam empresas, investigam casos de trabalho escravo e ajudam a garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. Segundo um site especializado em concursos, o salário inicial desse cargo é de R$ 23.921,71, contando com um auxílio-alimentação de R$ 1 mil.
Mesmo assim, o Brasil ainda precisa de mais gente nessa área. Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que seria necessário contratar mais de mil auditores além dos que já foram chamados.
No caso do Ministério da Saúde, os 300 convocados vão atuar em áreas técnicas. Eles vão analisar documentos, cuidar da prestação de contas e ajudar a organizar processos. Os contratos são de até quatro anos e podem ser renovados.
Essas vagas serão preenchidas primeiro com os nomes que estão no banco de aprovados do próprio Enem dos Concursos. Se essa lista acabar, o governo pode fazer uma nova seleção, mas com regras mais simples.
Essa é só a primeira leva de nomeações. Outras devem acontecer nos próximos meses, dependendo do orçamento e da necessidade de cada ministério.
O “Enem dos Concursos” chegou a ser criticado por algumas pessoas, por causa da logística e da falta de informações claras. Mas agora, com os primeiros nomes sendo chamados, o modelo começa a sair do papel.
