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FRAUDES ELETRÔNICAS

'Golpe do novo número': criminosos usam falsos parentes para aplicar fraude e roubar vítimas

Polícia Civil prende criminosos especializados em fraudes digitais e desmantela rede de golpes em várias regiões do Brasil

15 agosto 2025 - 21h00Fabio Grellet
Operação foi comandada pela Polícia Civil de Goiás, com a colaboração das polícias civis de outros estados e do Ministério da Justiça.
Operação foi comandada pela Polícia Civil de Goiás, com a colaboração das polícias civis de outros estados e do Ministério da Justiça. - (Foto: Polícia Civil de Goiás)

Na última quinta-feira (14), 23 pessoas foram presas durante a Operação Mirum III, uma ação coordenada pela Polícia Civil de Goiás. O objetivo foi combater uma associação criminosa especializada em fraudes eletrônicas de grande escala. Cerca de 140 policiais participaram das operações, que ocorreram simultaneamente em várias cidades do Brasil, incluindo o Distrito Federal e estados como Goiás, Maranhão, Pará, Santa Catarina e Tocantins.

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A operação, que contou com o apoio do Ministério da Justiça e das polícias civis de diferentes estados, resultou ainda na execução de 23 mandados de busca e apreensão, além de bloqueio de bens no valor de R$ 120 mil. O grupo investigado é acusado de aplicar golpes como o "Golpe do Novo Número", no qual criminosos se passam por familiares para enganar as vítimas e solicitar transferências de dinheiro. O caso teve início após uma idosa perder quase R$ 120 mil.

As investigações revelaram que a quadrilha era responsável por pelo menos 157 ocorrências de estelionato entre 2021 e 2024, utilizando tecnologias avançadas para fraudar vítimas em todo o país. A associação criminosa gerenciava perfis no WhatsApp e acessava dados pessoais das vítimas para tornar os golpes mais convincentes.

Os envolvidos podem ser processados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que, se comprovados, podem resultar em penas de até 21 anos de prisão, além de multas.

De acordo com o delegado Thiago César de Oliveira Silva, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), a ação é um passo importante no combate à criminalidade digital. A operação destaca a importância da cooperação entre as forças de segurança pública e a utilização da inteligência policial para enfrentar estruturas criminosas complexas e que atuam em rede.

As investigações também revelaram que, na fase anterior da operação, um dos principais líderes da quadrilha foi preso, o que permitiu o avanço nas apurações e a identificação de outros membros da organização criminosa. Com essa nova fase, o número de prisões em relação a este caso já soma 28.

A Operação Mirum III é um exemplo do trabalho conjunto entre diferentes forças policiais para desmantelar fraudes que afetam cidadãos em todo o Brasil, principalmente os mais vulneráveis.

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