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28 de outubro de 2025 - 19h22
CLIMA EXTREMO

Furacão Melissa atinge Jamaica com ventos de 295 km/h e deixa cenário de destruição

Tempestade de categoria 5 é a mais forte já registrada na ilha e ameaça causar inundações, deslizamentos e colapso de infraestrutura

28 outubro 2025 - 16h35Redação
Ondas atingem Kingston, na Jamaica, enquanto país se prepara para a chegada do furacão Melissa
Ondas atingem Kingston, na Jamaica, enquanto país se prepara para a chegada do furacão Melissa - (Foto: Matias Delacroix/AP)
Terça da Carne

O furacão Melissa tocou o solo na Jamaica nesta terça-feira (28) com ventos de até 295 km/h, provocando pânico, destruição e riscos generalizados de inundações e deslizamentos de terra. Classificado como categoria 5 — o nível mais alto na escala Saffir-Simpson —, o Melissa já é considerado o furacão mais poderoso a atingir a ilha desde o início dos registros meteorológicos, há 174 anos.

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A tempestade fez sua entrada pelo sudoeste da ilha, nas proximidades de New Hope, e segue em direção ao nordeste a uma velocidade de 15 km/h. O epicentro foi registrado a cerca de 40 km ao sudeste de Negril e 235 km ao sudoeste de Guantánamo, Cuba.

População em alerta máximo - “Jamaica, este não é o momento de ser corajosa”, declarou Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho de Gestão de Riscos de Desastres da Jamaica, em apelo à população para que permaneça abrigada. As ruas da capital, Kingston, estavam praticamente desertas na manhã desta terça, enquanto galhos de árvores caíam e o vento levantava objetos pelas ruas encharcadas.

Segundo o governo jamaicano, todas as medidas de prevenção possíveis foram adotadas, mas os danos previstos são inevitáveis. “Não há infraestrutura na região que possa suportar uma categoria 5”, afirmou o primeiro-ministro Andrew Holness. “A questão agora é a velocidade da recuperação.”

Danos catastróficos previstos - Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), alertou que o núcleo do furacão deverá causar destruição severa, com rajadas que podem atingir até 322 km/h nas regiões montanhosas da Jamaica. “Será um cenário muito perigoso, com falhas totais em construções”, disse.

Especialistas apontam o Melissa como o quinto furacão mais intenso da história do Atlântico em termos de pressão e o mais forte a atingir uma costa desde o furacão Dorian, em 2019. “É o pior cenário possível para a Jamaica”, afirmou o meteorologista Michael Lowry.

Risco de maré e impactos na saúde - Autoridades preveem marés de até 4 metros no sul da ilha, com especial atenção para áreas próximas a hospitais. O Ministro da Saúde, Christopher Tufton, informou que pacientes foram transferidos para andares superiores como medida preventiva. “Esperamos que isso seja suficiente para qualquer onda que possa ocorrer”, disse.

Já há relatos de quedas de energia, árvores arrancadas e deslizamentos de terra em diversas regiões da ilha. As autoridades admitem que a limpeza e avaliação dos danos serão lentas, e equipes de resgate já estão mobilizadas. “Temos barcos, helicópteros, tudo o que você imaginar”, afirmou Desmond McKenzie.

Medo e resistência em comunidades costeiras - Mesmo com ordens de evacuação, muitas famílias continuam abrigadas em suas casas. Colin Bogle, conselheiro da ONG Mercy Corps, relatou que estava com a avó em Portmore quando ouviu uma explosão e tudo escureceu. “O barulho é implacável. As pessoas estão ansiosas e tentando se segurar até a tempestade passar.”

A expectativa é de que o furacão atravesse diagonalmente a ilha e siga em direção a Cuba, mantendo ventos extremamente fortes e riscos elevados ao longo de seu trajeto.

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