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28 de outubro de 2025 - 12h07
INTERNACIONAL

Furacão Melissa deve atingir Jamaica como categoria 5 e ameaça mais de 1,5 milhão de pessoas

Tempestade histórica avança pelo Caribe com ventos de até 280 km/h; país já contabiliza mortes e se prepara para impactos catastróficos

28 outubro 2025 - 08h40Geovanna Hora
Nuvens sobre o céu de Kingston, capital da Jamaica, em meio à aproximação do furacão Melissa, em 26 de outubro de 2025.
Nuvens sobre o céu de Kingston, capital da Jamaica, em meio à aproximação do furacão Melissa, em 26 de outubro de 2025. - (Foto: AP Photo/Matias Delacroix)
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A Jamaica se prepara para enfrentar o pior furacão de sua história nesta terça-feira (28). O furacão Melissa deve tocar o solo na ilha como uma tempestade de categoria 5, a mais alta na escala de intensidade, com potencial de causar destruição sem precedentes. A informação é da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), que estima que mais de 1,5 milhão de pessoas podem ser afetadas.

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Mesmo antes de atingir oficialmente o território jamaicano, Melissa já causou destruição e mortes: três na própria Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Foram registrados deslizamentos de terra, quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, com sede em Miami, o fenômeno traz ventos sustentados de até 280 km/h e avança lentamente a 8 km/h. A previsão é que ele entre pela região de Saint Elizabeth, no sul da Jamaica, e cruze o país até sair por Saint Ann, ao norte.

“Não há infraestrutura na região que resista a uma tempestade de categoria 5”, alertou o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness. “A questão agora é a velocidade da recuperação. Esse é o desafio.”

O sul da Jamaica pode registrar ondas de até quatro metros de altura. O ministro da Saúde, Christopher Tufton, informou que pacientes em hospitais da região já foram transferidos do térreo para andares superiores como medida de precaução.

No setor de abastecimento, o ministro da Água e Meio Ambiente, Matthew Samuda, afirmou que o país conta com mais de 50 geradores prontos para uso após a passagem da tempestade. Ele também pediu que os cidadãos economizem água. “Cada gota contará”, disse.

Mesmo com os alertas das autoridades, parte da população se recusa a deixar suas casas. “Simplesmente não quero ir. Mesmo que fosse de categoria 6, eu não me mexeria”, declarou a pescadora Jennifer Ramdial. Já Roy Brown, morador da capital Kingston, afirmou: “Não vou sair. Não acho que consiga escapar da morte”, citando más experiências anteriores em abrigos emergenciais.

Após atravessar a Jamaica, Melissa deve atingir Cuba, onde mais de 600 mil pessoas já foram evacuadas, inclusive em Santiago, segunda maior cidade do país. Em seguida, a tempestade seguirá rumo às Bahamas e às Ilhas Turks e Caicos, onde já foram emitidos alertas de tempestade tropical. A previsão é que essas áreas sejam atingidas a partir da noite de quarta-feira (29).

A expectativa é de que o impacto seja “massivo”, segundo a Cruz Vermelha, não só pela força dos ventos e chuvas, mas também pelas inundações e dificuldades logísticas no resgate e recuperação das áreas afetadas.

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