
Com a previsão de queda acentuada nas temperaturas, a Prefeitura de Campo Grande decidiu reabrir o Ponto de Apoio no Parque Ayrton Senna nesta segunda (28) e terça-feira (29), para oferecer abrigo noturno à população em situação de rua. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SAS) e atende ao alerta emitido pela Defesa Civil sobre a chegada de uma nova frente fria à Capital.

As temperaturas devem cair para 12°C nesta madrugada e chegar a 10°C na noite seguinte. O Ponto de Apoio funcionará das 18h às 6h e integra o conjunto de medidas emergenciais do Projeto Inverno Acolhedor, que desde maio já realizou quase 800 acolhimentos.
O abrigo temporário no Parque Ayrton Senna atende especialmente pessoas em situação de rua que recusam o acolhimento permanente oferecido pelas unidades da Rede Municipal de Assistência Social. Com foco no respeito à dignidade e ao direito de escolha, as ações são realizadas por equipes especializadas e contam com a entrega de cobertores e alimentação.
Desde o início do Inverno Acolhedor, em 28 de maio, foram 791 acolhimentos registrados apenas no Ponto de Apoio. Mais de 980 marmitas foram distribuídas, preparadas pelas merendeiras da rede municipal e doadas por organizações da sociedade civil e entidades religiosas.
A Prefeitura de Campo Grande reforça que a população pode contribuir com as ações, informando sobre locais onde há pessoas em situação de rua. As denúncias podem ser feitas pelos telefones 156, (67) 99660-6539 ou (67) 99660-1469. As equipes da SAS atuam com base nesse mapeamento para oferecer acolhimento e suporte de forma mais eficiente.
Além do acolhimento emergencial, o Projeto Inverno Acolhedor articula serviços de outras áreas da administração municipal. Com o apoio da Funsat, Emha e da Central do Cadastro Único da SAS, foram realizadas 276 ações complementares, incluindo encaminhamentos para políticas públicas estruturantes.
Até agora, a Emha realizou 90 atendimentos, a Funsat mais de 60, e 61 usuários foram acolhidos por comunidades terapêuticas, onde iniciaram tratamento contra a dependência de substâncias psicoativas.
Segundo a secretária de Assistência Social e Cidadania, Camilla Nascimento, o Ponto de Apoio tem cumprido um papel além da emergência climática. “Isso demonstra que o Ponto de Apoio não funcionou apenas como abrigo emergencial, mas como porta de entrada para políticas públicas estruturantes”, afirmou.
Mesmo com as temperaturas mais elevadas nas últimas semanas, a Prefeitura continuou com o trabalho de abordagem social, reforçando a entrega de cobertores e monitorando locais onde há concentração de pessoas em situação de rua.
