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22 de setembro de 2025 - 19h03
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MUNDO

França reconhece Estado Palestino e amplia pressão internacional sobre Israel

Enquanto parte da Europa e países aliados reforçam apoio à criação de um Estado Palestino, EUA e Israel seguem isolados na oposição

22 setembro 2025 - 17h00Pedro Lima*
O presidente francês, Emmanuel Macron, discursa durante uma reunião de alto nível nas Nações Unidas com o objetivo de angariar apoio para uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino, na segunda-feira, 22 de setembro de 2025.
O presidente francês, Emmanuel Macron, discursa durante uma reunião de alto nível nas Nações Unidas com o objetivo de angariar apoio para uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino, na segunda-feira, 22 de setembro de 2025. - (Foto: Angelina Katsanis / AP)
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A França oficializou nesta segunda-feira, 22, o reconhecimento do Estado Palestino, em um movimento que intensifica a pressão diplomática internacional sobre o governo de Israel. O anúncio ocorreu durante as reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e soma-se a uma onda de apoios que inclui Portugal, Reino Unido, Austrália e Canadá, que também anunciaram seu reconhecimento nos últimos dias.

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O gesto francês é visto como um esforço para reacender o debate sobre a criação de dois Estados como solução para o conflito israelo-palestino. A decisão, no entanto, enfrenta resistência dos Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, mantém forte aliança com Israel e se opõe à iniciativa.

Apesar da mobilização de parte da comunidade internacional, nem todos os países europeus aderiram à mesma linha. A Dinamarca, por exemplo, adotou uma postura mais cautelosa. Segundo o site Euractiv, o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, afirmou que o país só reconhecerá o Estado Palestino caso sejam cumpridas condições específicas: a libertação de reféns israelenses, o desarmamento do Hamas e a exclusão do grupo de um possível governo futuro em Gaza.

A tendência de reconhecimento da Palestina ganha força também fora da Europa. No Japão, o ministro das Relações Exteriores, Takeshi Iwaya, declarou que, embora Tóquio não pretenda reconhecer a Palestina neste momento, a decisão parece ser uma questão de tempo. “Não é sobre se, mas quando”, afirmou, destacando a crescente pressão tanto da comunidade internacional quanto de setores internos do país.

Em meio às movimentações diplomáticas, a Assembleia Geral da ONU aprovou na semana passada uma resolução que permite ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, enviar uma mensagem em vídeo pré-gravado à reunião do órgão. Isso ocorreu após os Estados Unidos se recusarem a emitir vistos para membros da delegação palestina. A medida foi aprovada por 145 votos a favor e apenas cinco contrários, entre eles os próprios EUA e Israel.

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