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Fome recua em Mato Grosso do Sul, que tem um dos menores índices do país

Número de lares com dificuldade de acesso à comida caiu para 18,5% em 2024; IBGE aponta avanços no país, mas desigualdades ainda preocupam

10 outubro 2025 - 16h10Da Redação
Distribuição de alimentos em ação social reflete os avanços no combate à fome no país, apontados por dados recentes do IBGE.
Distribuição de alimentos em ação social reflete os avanços no combate à fome no país, apontados por dados recentes do IBGE. - Foto: Reprodução

Os dados mais recentes do IBGE mostram uma queda importante na fome no Brasil — e Mato Grosso do Sul aparece entre os melhores resultados. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, 18,5% dos lares sul-mato-grossenses viviam em algum nível de insegurança alimentar em 2024. Em 2023, essa taxa era maior.

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A pesquisa divide a insegurança alimentar em três níveis: leve (quando há preocupação com a comida do futuro), moderada (quando adultos reduzem a quantidade de alimentos) e grave (quando a fome atinge todos da casa, inclusive crianças).

Entre 2023 e 2024, a insegurança alimentar caiu em todo o país, passando de 27,6% para 24,2% dos domicílios — uma redução de 2,2 milhões de lares afetados. A queda aconteceu nos três níveis: a leve caiu de 18,2% para 16,4%, a moderada de 5,3% para 4,5%, e a grave, de 4,1% para 3,2%.

No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul se destacou ao atingir uma taxa menor que a média da região (20,5%) e abaixo da média nacional. O Estado figura entre os nove do Brasil com menos de 20% dos domicílios em insegurança alimentar, ao lado de Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

Ainda assim, os dados mostram que a fome continua afetando principalmente domicílios com mulheres como responsáveis (60%), pessoas de cor parda (54,7%), com baixa escolaridade e renda de até um salário mínimo per capita. Entre as famílias em situação mais grave, quase 66% têm responsáveis com, no máximo, o ensino fundamental completo.

A desigualdade também aparece entre as zonas urbana e rural. Nas áreas rurais, 31,3% dos domicílios estavam em insegurança alimentar, contra 23,2% nas cidades. O problema é mais comum em casas com até três moradores, e a incidência entre crianças de até 17 anos é maior que entre idosos.

Em MS, a queda nos índices é atribuída por especialistas à combinação de crescimento econômico, geração de empregos, transferência de renda e políticas públicas voltadas para a segurança alimentar — tanto federais quanto estaduais.

A menor taxa de insegurança alimentar da série histórica do IBGE havia sido registrada em 2013, com 22,6%. Agora, os números de 2024 mostram que o Brasil pode estar retomando um caminho de progresso nesse campo, e Mato Grosso do Sul aparece como um dos exemplos positivos dessa mudança.

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