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FATALIDADE

Menina de 11 anos morre ao cair de penhasco durante passeio com a família

Criança fazia trilha sem guia com os pais e irmãos; queda ocorreu perto de mirante e resgate levou horas devido à geografia do local

14 julho 2025 - 10h45Giovanna Castro
Equipe do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul atou com rapel nas buscas pela criança no Cânion Fortaleza.
Equipe do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul atou com rapel nas buscas pela criança no Cânion Fortaleza. - (Foto: Divulgação/CRBM)

Uma menina de 11 anos morreu após cair de um penhasco no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS), durante um passeio com a família na última quinta-feira, 10. O acidente aconteceu por volta das 13h, enquanto a família — vinda de Curitiba (PR) — fazia uma trilha sem o acompanhamento de guia profissional.

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De acordo com a concessionária que administra a área, Urbia Cânions Verdes, o grupo fazia a visitação em uma das trilhas autoguiadas do Parque Nacional da Serra Geral, o que é permitido pela regulamentação do local. O percurso é sinalizado com placas de alerta sobre riscos e precauções, especialmente nas bordas dos cânions.

A menina estava acompanhada pelos pais e dois irmãos menores e, segundo o secretário de Turismo de Cambará do Sul, o acidente aconteceu enquanto a família fazia uma pausa para lanche próxima a um dos mirantes. A criança teria corrido em direção à borda e despencado do penhasco. O pai ainda tentou alcançá-la, mas não conseguiu impedir a queda.

Manual recomenda cautela - Apesar de o parque permitir trilhas sem guia, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo Parque Nacional da Serra Geral, recomenda em seu site oficial que visitantes inexperientes procurem auxílio profissional para maior segurança. O ICMBio também alerta para o risco elevado de acidentes e a complexidade dos resgates em regiões de difícil acesso.

“No caso de pouca experiência, recomenda-se buscar condutores de visitantes ou empresas especializadas. O salvamento em áreas naturais é demorado e pode causar danos ao meio ambiente”, informa o manual de conduta publicado pelo órgão.

O corpo da menina foi localizado por volta das 17h30, com o uso de um drone, a cerca de 70 metros de profundidade. Equipes dos bombeiros conseguiram alcançá-la apenas às 23h, por meio de técnicas de rapel. O resgate foi dificultado pelo relevo acidentado e pelas condições meteorológicas desfavoráveis.

O local da queda integra uma Unidade de Conservação Ambiental e, por isso, tem como prioridade a preservação da natureza, embora o acesso público seja permitido mediante certas normas.

A família da vítima não se pronunciou publicamente. O espaço permanece aberto para manifestações.

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