
Os ataques aéreos de Israel voltaram a atingir a Faixa de Gaza na madrugada desta quarta-feira (29), deixando ao menos 60 mortos, entre eles várias crianças, segundo informações de hospitais locais. A nova ofensiva foi ordenada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que havia prometido uma resposta “poderosa” após acusar o Hamas de violar o cessar-fogo em vigor desde o dia 10.
De acordo com o Hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, dez corpos foram recebidos após dois bombardeios, incluindo os de três mulheres e seis crianças. O Hospital Nasser, em Khan Younis, registrou 20 mortos, entre eles 13 crianças e duas mulheres, enquanto o Hospital Al-Awda, na região central do território, relatou 30 vítimas, sendo 14 crianças.
Autoridades israelenses afirmaram que a ofensiva foi uma resposta a ataques do Hamas contra forças de Israel no sul de Gaza. Segundo o governo de Tel-Aviv, combatentes palestinos teriam adiado a entrega do corpo de um refém, em retaliação aos bombardeios planejados.
O cessar-fogo mediado por países árabes e pelo Egito estava em vigor desde o início de outubro, mas enfrentava constantes violações e tensões nos últimos dias. Netanyahu declarou que Israel “não tolerará provocações” e que as operações militares continuarão “até a eliminação total das ameaças à segurança do país”.
A situação humanitária em Gaza permanece crítica, com hospitais sobrecarregados e escassez de medicamentos, combustível e alimentos após meses de conflito.
