Pelo menos 57 pessoas morreram nesta quinta-feira (2) em novos ataques israelenses à Faixa de Gaza, segundo informações divulgadas por autoridades palestinas. As ofensivas acontecem no momento em que cresce a expectativa por uma resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo apoiada pelos Estados Unidos e pelo governo de Israel.
O plano foi apresentado no início da semana pelo presidente americano Donald Trump — que tenta retomar protagonismo nas negociações — com o aval do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Entre as vítimas, 29 corpos foram levados ao Hospital Nasser, localizado no sul de Gaza. Desses, 14 foram retirados de um corredor militar israelense onde são frequentes os tiroteios durante a distribuição de ajuda humanitária.
Já o Hospital Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, na região central do território, confirmou 16 mortes, incluindo a de um terapeuta ocupacional de 42 anos que, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, foi morto enquanto aguardava um ônibus.
Na Cidade de Gaza, o Hospital Shifa recebeu cinco corpos e diversos feridos após os bombardeios. Não houve, até o momento, manifestação oficial por parte das Forças de Defesa de Israel (IDF) sobre os ataques.
Os ataques ocorrem em um momento de agravamento da crise humanitária no território palestino, com ajuda internacional limitada e grande parte da infraestrutura de saúde em colapso. A violência contínua tem dificultado tanto os esforços de socorro quanto o avanço das negociações para um cessar-fogo duradouro.
Enquanto isso, a comunidade internacional aguarda a posição do Hamas sobre a proposta de paz. O grupo ainda não se pronunciou oficialmente.
