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O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, de 69 anos, foi morto a tiros nesta segunda-feira (15) em uma emboscada na Praia Grande, no litoral sul paulista. Atualmente secretário de Administração do município, Fontes deixava a sede da prefeitura quando foi cercado por criminosos armados.

De acordo com a Polícia, bandidos em uma Hilux interceptaram o carro do delegado em um semáforo, prensando-o contra um ônibus. Armados com fuzis, os atacantes abriram fogo. Fontes reagiu e chegou a baleá-los, segundo relato do secretário-adjunto da Segurança Pública, Oswaldo Nico Gonçalves. A suspeita é de que o ataque tenha sido cometido pela Sintonia Restrita, braço do PCC responsável por ações violentas.
Delegado há mais de 40 anos, Ruy Fontes ganhou notoriedade pela atuação no combate à facção. Em 2006, indiciou toda a cúpula do Primeiro Comando da Capital, incluindo Marcola, e, em 2019, chefiava a Polícia Civil quando líderes do grupo foram transferidos para presídios federais. Ele também conduziu investigações contra o narcotraficante Fuminho, preso em 2020 na África.
Fontes sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2010, quando atuava no 69º DP, na zona leste de São Paulo. Ao longo da carreira, comandou delegacias e departamentos estratégicos, como o Denarc, o Deic, o DHPP e o Decap, além de ocupar o cargo máximo da corporação entre 2019 e 2022, no governo João Doria.
Na Praia Grande, onde assumiu a Secretaria de Administração em 2023, Fontes estava afastado da área de segurança. Pouco antes do atentado, conversou por telefone com o procurador de Justiça Márcio Christino. “Fui o último a falar com ele. Não estava envolvido em nada relacionado à polícia”, disse.
Equipes da Polícia Civil foram deslocadas para a Baixada Santista para investigar o caso.
