
Na manhã desta terça-feira (6), começou em Campo Grande o Licicomp 2025, evento que reuniu cerca de 900 servidores públicos e gestores de 64 cidades de Mato Grosso do Sul. O encontro, que vai até quinta-feira (8), discute formas mais simples, rápidas e eficientes de fazer compras e contratos públicos, com menos burocracia e mais impacto positivo na vida da população.


Na abertura, uma oficina do Ministério da Gestão e Inovação trouxe a proposta de criar uma nova política nacional para as contratações públicas. O secretário Roberto Pojo explicou que o governo federal precisa ouvir os estados e municípios, que são os maiores responsáveis por compras públicas no Brasil. “Queremos usar a contratação como ferramenta para melhorar a economia, a gestão e a vida das pessoas”, disse.

Pojo criticou o critério atual das licitações, que foca apenas no menor preço. “Isso prejudica as pequenas empresas e transfere dinheiro dos pequenos municípios para grandes centros, como São Paulo. A ideia é criar regras mais justas, que ajudem os negócios locais a crescer”, afirmou.
Durante o evento, especialistas também falaram sobre o uso de inteligência artificial para agilizar processos, a descentralização dos contratos e a importância de pensar em impacto social na hora de gastar dinheiro público.

Na quarta-feira (7), o destaque é a palestra do professor Victor Amorim sobre o PCA, um dos documentos mais importantes das licitações. Em seguida, o secretário estadual Frederico Felini, da Secretaria de Administração, reforça que tudo no governo passa pela licitação: viatura policial, remédio, merenda escolar. “O problema é que ainda temos uma cultura muito burocrática. O Licicomp é um espaço para mudar isso e modernizar a gestão”, afirmou.

O governador Eduardo Riedel também participou do evento. Ele disse que o uso de tecnologia já mostra resultados: “Uma licitação que levava duzentos dias, hoje leva cem com o uso de sistemas inteligentes. Isso é economia, rapidez e mais segurança para todos”, afirmou.

Na quinta-feira (8), o ministro do Tribunal de Contas da União, Antonio Anastasia, fará uma palestra sobre os prejuízos do excesso de formalismo. O encerramento terá oficinas práticas, uma palestra sobre como comprar mais de micro e pequenas empresas, e um jantar com comida típica pantaneira.

