
Na segunda-feira (7), o jornal israelense Israel Hayom divulgou que os Estados Unidos apresentaram uma proposta surpreendente: querem que Israel encerre a guerra com o grupo Hamas em troca de um acordo histórico com a Síria.

A ideia é simples no papel, mas complexa na prática. Segundo fontes do governo americano, o presidente Donald Trump enviou negociadores para tentar um acordo que envolva os três países. O objetivo é promover a paz, reduzir a violência na região e transformar antigos inimigos em possíveis aliados.
Um dos principais gestos dos EUA foi retirar a classificação de grupo terrorista do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), organização liderada pelo novo presidente sírio, Ahmed al-Sharaa. O grupo antes era ligado à Al-Qaeda, mas agora tenta se afastar dessa imagem.
A Síria, que hoje está sob nova liderança após a queda do regime de Bashar al-Assad, tem dado sinais de mudança. Em junho, Sharaa afirmou que os tempos de bombardeios e medo precisam acabar, e até se reuniu com Trump em maio. O presidente americano elogiou o sírio e defendeu a reaproximação com Israel.
Porém, o caminho até um acordo ainda é difícil. Israel quer que a Síria reconheça a soberania israelense sobre as Colinas do Golan, território sírio ocupado por Israel desde 1967. Sharaa respondeu que só aceitaria se pelo menos um terço desse território fosse devolvido.
Além disso, os israelenses construíram bases militares em áreas da Síria nos últimos meses e não demonstraram vontade de recuar. Isso complica as negociações e faz com que um acordo pareça distante, apesar da boa vontade demonstrada até agora.
Mesmo assim, a iniciativa dos Estados Unidos mostra que há interesse em encontrar novas soluções para velhos problemas. Se der certo, o acordo pode mudar o cenário político do Oriente Médio e trazer um pouco de estabilidade para uma região marcada por conflitos.
