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20 de setembro de 2025 - 19h36
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INTERNACIONAL

EUA não são convidados para cúpula sobre democracia promovida pelo Brasil em Nova York

Governo brasileiro justifica ausência pelo retorno de Donald Trump ao poder e posições adotadas pelo presidente

20 setembro 2025 - 17h10Gabriel Hirabahasi
Volta de Donald Trump ao poder motivou Brasil a deixar de convidar os EUA para evento sobre democracia
Volta de Donald Trump ao poder motivou Brasil a deixar de convidar os EUA para evento sobre democracia - Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS
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Os Estados Unidos não foram convidados para a cúpula sobre democracia que o governo brasileiro realizará em Nova York na próxima semana, apurou o Estadão/Broadcast. A ausência marca uma mudança em relação ao ano passado, quando os americanos participaram do evento.

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Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o convite aos EUA neste ano foi considerado inadequado devido à volta de Donald Trump ao poder e às posições adotadas por ele durante seu mandato. A cúpula busca debater ameaças à democracia global e o cerceamento de liberdades promovido por líderes extremistas.

O evento ocorrerá paralelamente à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, pela segunda vez. Na primeira edição, estiveram presentes líderes e representantes de cerca de 30 países, incluindo Estados Unidos, Espanha, Canadá, Chile, Colômbia, França, México, Noruega, Quênia, Senegal, Timor Leste, além de representantes do Conselho Europeu e da ONU.

Fontes afirmam que todos os países convidados no ano passado receberam convite novamente, exceto aqueles com mudanças para governos de direita. Entre eles, Canadá, México e Estados Unidos tiveram troca de governo, mas os dois primeiros mantêm lideranças progressistas, enquanto Trump representa o que o evento busca combater.

Integrantes do governo brasileiro explicam que outros países, como a China, também não foram convidados, por não representarem um modelo democrático. O objetivo é evitar desconfortos ou interpretações de provocação aos EUA.

Além disso, o Brasil não fará movimentos para viabilizar reuniões com representantes do governo americano sobre a relação bilateral e o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo integrantes do governo, as atuais circunstâncias não permitem conversas significativas entre os dois países, embora uma reunião não fosse negada caso houvesse interesse por parte dos americanos.

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