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14 de novembro de 2025 - 19h59
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MUNDO

EUA revelam primeiras imagens do maior porta-aviões do mundo no litoral da América Latina

USS Gerald R. Ford já atua em operação militar no Caribe, ampliando tensão com a Venezuela e reforçando ofensiva antidrogas dos EUA

14 novembro 2025 - 19h30Redação O Estado de S. Paulo
Trump enviou o USS Gerald Ford à América Latina em meio a uma escalada de tensão militar na região.
Trump enviou o USS Gerald Ford à América Latina em meio a uma escalada de tensão militar na região. - (Foto:Suboficial 3ª Tajh Pay/Marinha dos EUA)

A Marinha dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira (13) as primeiras imagens do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, após sua chegada à região da América Latina. A embarcação já está em operação no mar do Caribe, onde lidera uma força-tarefa militar americana destinada, oficialmente, ao combate ao narcotráfico.

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O navio chegou à zona do Comando Sul dos EUA na última terça-feira (11), marcando o início de uma das maiores mobilizações navais recentes na região. O grupo de ataque do porta-aviões inclui ainda submarinos nucleares, destróieres, caças embarcados e bombardeiros de longo alcance.

De acordo com o governo americano, a presença da frota tem como objetivo “desmantelar organizações criminosas transnacionais” que atuam no tráfico de drogas. A operação é chamada de "Lança do Sul", liderada pelo Comando Militar do Sul em conjunto com a Força-Tarefa Conjunta Southern Spear.

A ação militar no Caribe intensificou a tensão diplomática entre Estados Unidos e Venezuela. O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusa Washington de usar a justificativa do combate ao narcotráfico como pretexto para uma possível intervenção militar em seu país. Ele afirma que os EUA “preparam o terreno para uma invasão”.

Desde o início de setembro, os EUA já realizaram mais de 20 ataques a embarcações suspeitas, resultando em ao menos 76 mortes, segundo fontes do governo americano. A ofensiva tem foco no Caribe e no Pacífico.

A escalada militar se soma à pressão política exercida contra Maduro. Em agosto, os Estados Unidos aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à sua prisão. O governo americano acusa o presidente venezuelano de liderar o "Cartel de Soles", supostamente envolvido no envio de drogas ao território norte-americano.

Apesar da mobilização militar, o presidente Donald Trump declarou recentemente que não há intenção de ataque terrestre iminente à Venezuela, embora tenha levantado essa possibilidade no passado.

As imagens divulgadas pela Marinha mostram o USS Gerald R. Ford navegando ao lado dos destróieres USS Winston S. Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge, além de bombardeiros como o B-52 Stratofortress. A embarcação é o maior e mais avançado porta-aviões do mundo, equipado com tecnologia de ponta e capacidade para lançar e recuperar aeronaves de combate com rapidez e precisão.

Segundo a nota oficial da Marinha dos EUA, o grupo de ataque atua em apoio direto às prioridades presidenciais e às operações do Departamento de Guerra, com foco na proteção do território americano e no enfrentamento de redes ilícitas.

Apesar das imagens e dos anúncios públicos, o governo dos EUA tem mantido discrição sobre os detalhes operacionais da missão. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, usou as redes sociais para anunciar a ofensiva, reforçando que se trata de uma ação “em defesa da pátria”.

“Essa missão remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nossa população das drogas que estão matando nosso povo”, afirmou Hegseth em publicação no X (antigo Twitter).

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