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27 de setembro de 2025 - 10h51
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INTERNACIONAL

EUA revogam visto de Gustavo Petro após falas em ato pró-Palestina em Nova York

Departamento de Estado classificou declarações do presidente colombiano como "incendiárias"; ele reagiu dizendo que decisão viola imunidade internacional

27 setembro 2025 - 07h50Adriana Victorino
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro - (Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez/File Photo)

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, após sua participação em uma manifestação pró-Palestina em Nova York. O Departamento de Estado afirmou que suas falas durante o ato foram “imprudentes e incendiárias”.

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“Mais cedo hoje, o presidente colombiano Gustavo Petro se posicionou em uma rua de Nova York e instou soldados americanos a desobedecerem ordens e incitarem a violência. Revogaremos o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias”, publicou o órgão em seu perfil no X (antigo Twitter).

No protesto, que contou com a presença do músico britânico Roger Waters, Petro pediu a militares dos EUA que desobedecessem ordens presidenciais. “Não apontem suas armas para as pessoas. Desobedeçam as ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade”, declarou.

Ele também afirmou: “Temos que responder nas ruas, com palavras e também com armas. É preciso formar um exército mais poderoso do que os Estados Unidos e Israel juntos”.

Na manhã deste sábado (27), já de volta a Bogotá, Petro confirmou em sua conta no X que teve o visto cassado. O colombiano classificou a medida como uma violação das regras internacionais. “A ação viola todas as regras de imunidade nas quais as Nações Unidas e sua Assembleia Geral se baseiam. A sede das Nações Unidas não pode permanecer em Nova York”, afirmou.

As tensões entre Petro e Washington cresceram desde seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, no último dia 24. Na ocasião, o presidente colombiano acusou Donald Trump de ser “cúmplice de genocídio” em Gaza e defendeu que o ex-presidente americano fosse processado por ordenar ataques contra supostos barcos de tráfico de drogas no Caribe.

Há cerca de um mês, os EUA enviaram oito navios de guerra e um submarino para a região, alegando operações contra o narcotráfico. Segundo o governo norte-americano, três embarcações provenientes da Venezuela foram destruídas, resultando em 14 mortes.

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