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INTERNACIONAL

Estudantes da Universidade de Utah Valley lidam com trauma após assassinato de Charlie Kirk

Ativista conservador foi baleado por suspeito que atirou de um telhado; memorial reúne estudantes em choque

14 setembro 2025 - 12h00AP
Tenda onde Kirk participava de um debate foi cercada pela polícia
Tenda onde Kirk participava de um debate foi cercada pela polícia - ( Foto: Kim Ratt / NYT)
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Estudantes da Universidade de Utah Valley, nos Estados Unidos, continuam lidando com o impacto do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, ocorrido na quarta-feira, 10. Um estudante permaneceu trancado em casa por dois dias, incapaz de enfrentar o campus, enquanto outra aluna, perturbada pelo que viu, ligou para o pai pedindo para ser levada para casa.

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O suspeito Tyler James Robinson foi preso na quinta-feira (11) e deve passar por sua primeira audiência na terça-feira (16). As autoridades continuam investigando o motivo e o planejamento do ataque, além de possíveis falhas de segurança que permitiram que Robinson atirasse em Kirk de um telhado antes de fugir. A universidade informou que reforçará a segurança quando as aulas forem retomadas na próxima quarta-feira.

Na cidade natal de Robinson, em Washington, Utah, cerca de 390 km a sudoeste do campus, a presença policial diminuiu no sábado após o FBI cumprir mandado de busca na residência da família. As autoridades apreenderam um Dodge Challenger cinza, utilizado pelo suspeito para se dirigir até a universidade. No sábado, ninguém atendeu a porta da casa, e as persianas permaneciam fechadas.

O assassinato gerou pedidos de civilidade no discurso político americano, mas nem todos os atores públicos aderiram a eles. Na sexta-feira, a Office Depot anunciou a demissão de um funcionário em Michigan que se recusou a imprimir panfletos para uma vigília em homenagem a Kirk, chamando-os de “propaganda”. Por outro lado, um influenciador conservador gravou vídeos na casa do governador de Illinois, J.B. Pritzker, exortando medidas em resposta ao assassinato, o que levou ao reforço da segurança do governador.

Um memorial improvisado próximo à entrada principal do campus se tornou ponto de encontro para estudantes em choque. Flores foram deixadas em homenagem a Kirk, e carros circularam pelas ruas exibindo bandeiras americanas e mensagens como “Nós te amamos, Charlie” e “Descanse em paz, Charlie”. No local onde o ativista foi baleado, tendas e faixas estão sendo desmontadas, e vestígios do assassinato, limpos gradualmente.

O estudante Alec Vera visitou o memorial na sexta-feira à noite após sair de casa pela primeira vez desde o tiroteio. “Senti a necessidade de vir aqui, estar com todos, seja para confortar ou ser confortado, cercar-me daqueles que também estão de luto”, disse. Outros estudantes ficaram em silêncio, conversando baixinho ou ajoelhados, chorando. Árvores no perímetro do campus foram envoltas em fitas vermelhas.

Alguns pertences de estudantes, como bicicletas e carros, permaneceram no estacionamento durante o tiroteio. A universidade informou que os alunos poderão retirar seus itens no início da próxima semana.

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