
O governo da Espanha apresentou nesta segunda-feira (8) um conjunto de nove medidas voltadas a conter a violência em Gaza e ampliar a assistência à população palestina. Em pronunciamento no Palácio de La Moncloa, o primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou que o objetivo é “deter o genocídio em Gaza, perseguir seus responsáveis e apoiar os palestinos”.

Sánchez criticou duramente a resposta militar de Israel após os atentados do Hamas em outubro de 2023, alegando que a ofensiva resultou em “ocupações ilegais” e em um ataque “injustificável contra civis”. Segundo ele, “proteger o país é diferente de bombardear hospitais e matar crianças inocentes de fome”.
As principais medidas
- Embargo de armas a Israel, consolidado em decreto;
- Proibição do trânsito em portos espanhóis de navios que transportem combustíveis para as forças armadas israelenses;
- Fechamento do espaço aéreo para aeronaves com carga de material bélico destinado a Israel;
- Restrição de entrada na Espanha a pessoas acusadas de genocídio, crimes de guerra ou violações de direitos humanos;
- Banimento de produtos vindos de assentamentos ilegais em Gaza e na Cisjordânia;
- Limitação de serviços consulares a cidadãos espanhóis residentes nessas áreas ocupadas;
- Reforço da cooperação com a Autoridade Palestina, em áreas como agricultura, segurança alimentar e saúde;
- Ampliação da contribuição à UNRWA em 10 milhões de euros;
- Ajuda humanitária de 150 milhões de euros até 2026 para Gaza.
Com as novas medidas, o governo espanhol busca alinhar pressão diplomática e apoio direto à população palestina, reforçando sua posição crítica em relação à política militar israelense.
