
Era mais um dia de discursos no encontro dos presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, o Consepre, em Belém. Os assuntos giravam em torno do futuro do Judiciário brasileiro, até que uma fala diferente chamou a atenção no segundo dia do evento. O juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Frederico Montedonio Rego, reforçava a mensagem do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF e do CNJ: o Judiciário precisa pensar no meio ambiente e reduzir suas emissões de carbono. Foi nessa hora que o desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, encontrou o momento certo para contar algo importante: o Tribunal agora usa 100% de energia limpa e renovável.

Com orgulho, ele explicou que a mudança veio com a inauguração da Usina Fotovoltaica da Gameleira, uma obra que representa mais do que tecnologia – é um marco de sustentabilidade no Judiciário do Brasil.
A luz que vem da - A usina foi construída em um terreno de quase 73 mil metros quadrados, na região da Gameleira, e conta com 6.000 placas solares. Essas placas geram cerca de 400 mil quilowatts por mês – energia suficiente para cobrir todas as necessidades do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Além disso, o prédio da Secretaria do Tribunal, no Parque dos Poderes, tem outras 1.447 placas solares, que ajudam com mais 90.000 kW por mês. Juntas, essas usinas produzem 931.000 kW por mês, energia suficiente para abastecer uma cidade de 5.000 habitantes.
Esse projeto faz parte de uma iniciativa maior, que incluiu a instalação de usinas solares em 49 comarcas do estado. E não para por aí: a meta do presidente Sérgio Martins é ousada. Ele quer que o TJMS seja o primeiro tribunal do Brasil a se tornar 100% neutro em carbono até 2030.
A hora certa para falar sobre isso - A fala de Sérgio Martins veio no momento perfeito. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, já havia pedido que os tribunais focassem em projetos voltados para o meio ambiente. Barroso foi claro: é importante usar verbas judiciais para ações que ajudem na preservação do planeta e na redução de emissões de carbono. Ele prometeu ainda que o CNJ vai lançar em breve um pacote de medidas ambientais para o Judiciário.
Enquanto muitos tribunais ainda estão começando a pensar em formas de reduzir suas emissões, o TJMS já tem respostas concretas. “A meta do Judiciário de Mato Grosso do Sul é ser o primeiro ente federativo brasileiro carbono neutro até 2030”, declarou Sérgio Martins. E, ao que tudo indica, o caminho já está sendo trilhado.
Por que isso importa - Além de reduzir o impacto ambiental, essa mudança para a energia solar gera economia. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul está diminuindo custos com energia e, com isso, poderá investir mais em outras áreas importantes. A iniciativa mostra que é possível fazer diferente: pensar no meio ambiente, economizar recursos e ainda ser eficiente.
Essa ideia já começa a ser vista como exemplo para outros tribunais e entidades públicas do Brasil. O TJMS está se posicionando como uma referência, provando que o futuro sustentável não é algo distante. No Mato Grosso do Sul, ele já chegou.
Resumo de uma mudança de peso - Com a Usina Fotovoltaica da Gameleira, o TJMS dá um passo à frente em sustentabilidade. Mais do que uma solução técnica, é uma iniciativa que coloca o tribunal no caminho de ser o primeiro ente federativo a alcançar a neutralidade de carbono até 2030. O futuro, iluminado pelo sol, já é uma realidade em Mato Grosso do Sul.
