A poucas horas do segundo e último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, candidatos de todo o Brasil se preparam para enfrentar as 90 questões das provas de matemática e ciências da natureza — que incluem biologia, física e química. A aplicação acontece neste domingo (16), em mais de 1,8 mil municípios, incluindo todas as unidades da federação.
Para ajudar os estudantes nessa reta final, o diretor de Ensino e Inovações Educacionais da plataforma SAS Educação, Ademar Celedônio, apontou os temas que mais têm chance de cair nas provas e compartilhou estratégias para um melhor desempenho, especialmente com base no sistema de correção adotado pelo Enem, a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Segundo Celedônio, o Enem tem se mostrado previsível na abordagem dos conteúdos de ciências da natureza. Em física, os tópicos mais recorrentes incluem:
- Eletricidade, com ênfase em consumo de energia elétrica e fontes alternativas como solar e eólica;
- Termodinâmica, presente em quase todas as edições;
- Ondas, com questões sobre espectros eletromagnéticos como infravermelho e ultravioleta.
Na prova de biologia, a expectativa é de que caia:
- Meio ambiente, focando em desequilíbrios ecológicos e ciclos biogeoquímicos;
- Saúde, com temas sobre doenças causadas por bactérias e protozoários e atualidades como vacinação.
Já em química, devem aparecer:
- Funções orgânicas com aplicações práticas;
- Química ambiental, com destaque para poluição da água e tecnologias sustentáveis.
No caderno de matemática, a expectativa é de que os conteúdos mais cobrados estejam ligados à vida prática do estudante. “Espero uma prova com foco em razão e proporção, regra de três, juros simples e proporcionalidades. Assuntos como logaritmos devem aparecer menos, mantendo o padrão dos últimos anos”, afirma Celedônio.
Conteúdos como geometria analítica e funções também podem aparecer, mas não devem dominar a prova. A recomendação do especialista é que os estudantes comecem por essa disciplina, já que, segundo ele, “matemática é a área com maior possibilidade de atingir nota próxima de 1.000 na TRI”.
Estratégia e coerência de acertos fazem a diferença - Uma das principais orientações do educador é evitar fazer a prova de maneira linear. “Controlar o nervosismo e começar pelas questões mais fáceis é fundamental. Isso ajuda tanto no desempenho geral quanto na coerência avaliada pela TRI”, destaca.
De acordo com Celedônio, quem acerta as questões fáceis tende a ter um desempenho melhor na nota final do que quem acerta apenas as difíceis. Isso ocorre porque o modelo de correção valoriza a consistência dos acertos em diferentes níveis de dificuldade.
Gráficos, tabelas e questões com leitura e interpretação são geralmente consideradas de menor complexidade e devem ser priorizadas. “Assuntos como porcentagem, regra de três e juros simples são os que mais aparecem entre as questões fáceis, conforme os microdados do Enem”, explica.
Como os candidatos não podem utilizar relógios durante a prova, o controle do tempo deve ser feito com base nos avisos dos fiscais de sala. Segundo o especialista, o ideal é que cada hora seja usada para resolver cerca de 20 questões, o que significa uma média de três minutos por questão.
“Se em uma hora o estudante resolveu menos de 17 ou mais de 23 questões, ele pode estar indo devagar demais ou rápido demais, respectivamente, e precisará ajustar sua estratégia para manter o equilíbrio”, orienta Celedônio.
Horários e logística - Neste domingo (16), os portões dos locais de prova abrem às 12h e fecham impreterivelmente às 13h, sempre pelo horário de Brasília. Candidatos de estados com fuso horário diferente devem ajustar seus relógios ao horário oficial para evitar atrasos.
O exame terá duração de cinco horas, com encerramento às 18h30 — meia hora a menos do que no primeiro dia de provas. É importante lembrar que, após o fechamento dos portões, não será permitida a entrada de nenhum participante.
Para mais detalhes sobre o exame, o Inep disponibiliza informações atualizadas na Página do Participante, que pode ser acessada com login Gov.br.
