As empresas de Campo Grande que geram grandes volumes de resíduos sólidos ganharam um prazo de 30 dias para se adaptar à suspensão do serviço de coleta feito pela concessionária Solurb. A decisão foi tomada após a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) entrar como parte interessada na Ação Civil Pública que trata do tema e solicitar formalmente o adiamento da medida.
A definição do novo prazo foi anunciada nesta ontem (30), durante audiência de conciliação. A medida evita que a mudança ocorra de forma repentina e impacte diretamente o funcionamento de cerca de 300 estabelecimentos, entre eles indústrias de diferentes setores que operam na capital.
A mudança na responsabilidade pela coleta de lixo dos chamados “grandes geradores” - que incluem comércios e indústrias com alto volume de resíduos - poderia ter consequências sérias caso fosse aplicada sem um período de transição. Sem tempo hábil para contratar alternativas ou se estruturar internamente, muitas empresas ficariam desamparadas.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou que o objetivo da entidade ao entrar na ação foi justamente evitar uma interrupção repentina. “Nós entendemos a importância de aprimorar a gestão de resíduos sólidos, mas esse tipo de mudança precisa ser planejado e dialogado com todos os envolvidos. Por isso a Fiems entrou na ação, e esse prazo adicional é uma conquista que evita impactos imediatos no funcionamento das empresas”, afirmou.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou que o objetivo da entidade ao entrar na ação foi justamente evitar uma interrupção repentina
A empresa Solurb vai deixar de coletar o lixo de grandes geradores em Campo Grande a partir desta sexta-feira (1º). A medida cumpre decisão tomada após uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Cerca de 300 estabelecimentos serão afetados.
São classificados como grandes geradores os locais que produzem mais de 100 litros ou 50 kg de lixo por dia, como empresas, hospitais, bares, restaurantes e indústrias.
A Solurb propôs o fim da coleta para grandes geradores, e as partes chegaram a um acordo. O termo foi formalizado e homologado pela Justiça. As instituições reconheceram que, após o prazo combinado, a Solurb não será mais responsável pela coleta de resíduos dos grandes geradores na capital.
