
O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, que deixou 16 mortos na última quarta-feira (3), ocorreu devido à ruptura de um cabo que conectava as duas cabines, apontou o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

Segundo o relatório divulgado neste sábado (6), o cabo cedeu em seu ponto de fixação na cabine nº 1, que iniciou o trajeto na parte superior da Calçada da Glória. O bondinho, famoso ponto turístico da cidade, percorria cerca de 265 metros de desnível entre a Praça dos Restauradores e o Jardim de São Pedro de Alcântara.
Entre as 16 vítimas fatais, a maioria eram estrangeiros: cinco portugueses, três britânicos, dois canadenses, dois sul-coreanos, um americano, um francês, um suíço e um ucraniano. Inicialmente, um alemão foi contabilizado entre os mortos, mas foi encontrado vivo em hospital de Lisboa. Dos 23 feridos, cerca de dez permanecem internados em estado grave.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que três brasileiros ficaram feridos; dois já receberam alta, e uma mulher segue hospitalizada.
De acordo com os investigadores, a inspeção visual realizada na manhã do acidente não identificou anomalias no cabo. A colisão ocorreu a 60 km/h, e todo o incidente se desenrolou em menos de 50 segundos.
O Elevador da Glória, em operação desde 1914, funciona com duas cabines conectadas por um cabo que equilibra o peso através de um sistema de contrapeso. Cada vagão percorre um trajeto com inclinação média de 18% e 45 metros de desnível.
