
O descarrilamento do Elevador da Glória, um dos bondes mais tradicionais de Lisboa, provocou comoção em Portugal e no mundo. O acidente ocorreu na noite de quarta-feira (3), resultando em 17 mortes e 21 feridos, segundo a Agência de Proteção Civil.

O bonde perdeu o controle ao descer uma ladeira por volta das 18h, horário de maior movimento. Testemunhas relataram que o veículo parecia fora de controle antes de tombar e colidir com um prédio em uma curva. Um pedestre também foi atingido.
Entre os 21 feridos estão portugueses e estrangeiros de diferentes países, como Alemanha, Espanha, França, Itália, Suíça, Canadá, Marrocos, Coreia do Sul e Cabo Verde. O Consulado-Geral do Brasil em Lisboa confirmou que um brasileiro sofreu ferimentos leves, recebeu atendimento hospitalar e já teve alta.
As autoridades classificaram o caso como acidente e ainda não apontaram a causa. A Carris, empresa responsável pelo serviço, afirmou que o bonde havia passado por manutenção. Possíveis falhas mecânicas, como problemas nos freios ou rompimento de cabos, não foram confirmadas.
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa manifestou solidariedade às famílias, enquanto o prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, declarou luto na cidade. O governo decretou dia de luto nacional nesta quinta-feira (4). A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também enviou condolências às vítimas e familiares.
História do Elevador da Glória
Inaugurado em 1885, o bonde é considerado monumento nacional e um dos pontos turísticos mais visitados da capital portuguesa. Movido por cabos de aço, o funicular pode transportar mais de 40 passageiros e é símbolo do patrimônio histórico de Lisboa.
