
Após duas décadas de obras, o Egito reabriu no sábado (4) a tumba do faraó Amenhotep III para visitação em Luxor, no sul do país. A reabertura acontece em meio aos preparativos finais para a inauguração do Grande Museu Egípcio, próximo às pirâmides de Gizé, marcada para 1º de novembro.

Localizada no lado oeste do Vale dos Reis, a tumba de Amenhotep III passou por três fases de restauração, com apoio do governo japonês. O local foi descoberto em 1799 e sofreu saques que incluíram o roubo do sarcófago do faraó. Segundo autoridades egípcias, o destaque da reforma foi a renovação de pinturas milenares nas paredes que retratam o faraó ao lado de deuses egípcios e cenas do "Livro dos Mortos".
A tumba tem uma passagem de 36 metros de comprimento por 14 metros de profundidade e conta com uma câmara principal para o faraó, além de duas câmaras anexas dedicadas às rainhas Tiye e Sitamun. Apesar de não estar totalmente decorada como outras do vale, o local mantém inscrições e detalhes raros, incluindo a base do sarcófago original com a tampa ainda no local.
Amenhotep III, conhecido como Amenhotep, o Grande, governou o Egito entre 1390 a.C. e 1350 a.C., durante o auge da 18ª dinastia. A múmia do faraó, bastante danificada, foi transferida por sacerdotes antigos para a tumba de seu avô e hoje está exposta no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo.
A reabertura da tumba faz parte dos esforços do governo egípcio para impulsionar o turismo, que representa uma das principais fontes de receita do país e ainda se recupera dos impactos causados pela instabilidade política desde a revolta de 2011.
Com a reabertura de sítios históricos e a inauguração do novo museu, o Egito aposta na valorização do patrimônio arqueológico como estratégia para atrair visitantes estrangeiros e fortalecer a economia.
