Com dedicação e planejamento, a Rede Estadual de Ensino (REE) de Mato Grosso do Sul tem transformado o direito à educação inclusiva em realidade. Atualmente, mais de 5,4 mil estudantes com deficiência, transtornos do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação são atendidos por uma equipe de 3.175 profissionais especializados, que garantem um acompanhamento pedagógico humanizado e adaptado às necessidades de cada aluno.
A estrutura é coordenada pela Coordenadoria de Educação Especial (Coesp), vinculada à Secretaria de Estado de Educação (SED). O setor organiza e executa políticas públicas voltadas ao fortalecimento de um sistema educacional inclusivo, oferecendo apoio pedagógico especializado, formação continuada de professores e serviços que vão desde o atendimento domiciliar até o hospitalar.
Entre os serviços de destaque estão os professores de apoio especializado, que atuam lado a lado com o docente da sala regular, auxiliando nas adaptações e no acompanhamento diário dos alunos. “Nosso foco é garantir que o estudante realmente aprenda e se desenvolva, respeitando sua individualidade”, explica Ziei Ferreira da Costa Sejas, coordenadora de Educação Especial da Escola Estadual Maria de Lourdes Toledo Areias, em Campo Grande.
A aluna Jhennyfer Teixeira Koutchin, de 15 anos, é um exemplo de como o trabalho da rede transforma vidas. Diagnosticada com uma doença degenerativa, ela passou a usar cadeira de rodas aos 11 anos e hoje se diz acolhida e estimulada. “Os professores sempre me ajudam. Eu gosto de vir para a escola porque me sinto parte de tudo. Já aprendi muita coisa e estou mais confiante”, conta.
Jhennyfer na carteira escolar e junta à professora de apoio. - (Foto: Ricardo Agra/SED)
A professora de apoio Jardeane Ribeiro da Silva, que acompanha Jhennyfer diariamente, reforça o papel humano da função. “O apoio não é só pedagógico, é também emocional. Cada conquista dela é uma vitória para todos nós”, afirma.
A REE/MS conta com 213 Salas de Recursos Multifuncionais e seis Centros e Núcleos de Educação Especial que atendem diferentes demandas: o CEAME/TEA (para estudantes com Transtorno do Espectro Autista), CEESPI (deficiência intelectual e múltipla), CAP-DV/MS (deficiência visual), CAS/MS (surdez), CEAM/AHS (altas habilidades/superdotação) e CEADA (audiocomunicação).
A formação continuada também é prioridade: entre 2024 e 2025, mais de 4.400 professores participaram de cursos voltados à educação inclusiva. “A inclusão de verdade acontece quando se oferece não apenas acesso à escola, mas condições reais de aprendizagem e convivência”, destaca Janaina Belato, coordenadora de Educação Especial da SED.
Para a diretora Adriana Belai, da Escola Maria de Lourdes Toledo Areias, inclusão é mais do que política — é prática. “Nossa missão é garantir que todos tenham acesso ao conhecimento de forma justa e acolhedora. É um trabalho diário, feito com empatia e compromisso.”
Adriana Belai, diretora da escola - (Foto: Ricardo Agra/SED)
A experiência da REE/MS mostra que a inclusão é possível quando há estrutura, profissionais capacitados e sensibilidade para enxergar cada estudante como único — e é justamente isso que faz da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul um exemplo de educação transformadora.
