
O número de estudantes matriculados em cursos de graduação a distância ultrapassou pela primeira vez a quantidade de alunos em programas presenciais no Brasil. Dados do Censo da Educação Superior, divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que o País tem 5.189.391 alunos no ensino remoto contra 5.037.482 no presencial.

A facilidade de acesso e o custo mais baixo dos cursos online têm atraído cada vez mais brasileiros. Especialistas, no entanto, alertam para a necessidade de manter a qualidade da modalidade.
Em maio, o governo federal publicou um novo marco regulatório para a educação a distância, proibindo que graduações como Medicina, Direito, Enfermagem, Psicologia e Odontologia sejam ofertadas totalmente online. A medida também criou o modelo semipresencial, que combina 50% das aulas a distância, 30% presenciais e 20% ao vivo em formato remoto.
As mudanças visam conter o crescimento acelerado do EAD nos últimos anos e reforçar critérios de qualidade. A modalidade começou a se expandir com força a partir de 2018, após a flexibilização da abertura de polos de ensino pelo governo Michel Temer, e foi impulsionada ainda mais pela pandemia de covid-19, quando o isolamento social intensificou o uso das aulas virtuais.
