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Sem dinheiro do FPM, Coxim mira turismo para manter serviços e gerar receita

Durante congresso em Campo Grande, prefeito Edilson Magro fala sobre cortes no FPM, desafios na saúde e planos para desenvolver o turismo local

23 outubro 2025 - 14h32Redação
Na entrevista, Magro explicou como o município aposta no turismo e na agricultura como alternativas para reaquecer a economia local.
Na entrevista, Magro explicou como o município aposta no turismo e na agricultura como alternativas para reaquecer a economia local. - (Foto: A Crítica)

Durante três dias, Campo Grande virou ponto de encontro dos prefeitos de Mato Grosso do Sul. Entre segunda (20) e quarta-feira (22), o 3º Congresso dos Municípios reuniu os gestores das 79 cidades do estado no Shopping Bosque dos Ipês. Foi lá que o prefeito de Coxim, Edilson Magro (PP), resumiu o ano de 2025 em uma palavra: difícil.

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“Foi um ano complicado. Tivemos crise no país, corte de ICMS, o tarifaço e a queda no FPM. Tudo isso afetou diretamente os municípios”, disse. Em meio ao cenário de incertezas, Magro decidiu apertar os cintos. “Fizemos um decreto de contingenciamento de despesas, estamos enxugando a máquina para conseguir fechar o ano e cumprir os compromissos.”

A medida é uma tentativa de manter os serviços essenciais funcionando, especialmente a saúde, que segue como ponto mais sensível da gestão. Coxim hoje mantém os postos de saúde equipados, com médicos, enfermeiros e dentistas, além de uma policlínica com horário estendido até as 21h. Mesmo assim, o transporte de pacientes para Campo Grande continua sendo um desafio. “Tem dia que ambulância quebra, mas ninguém fica sem atendimento”, garantiu.

Edilson Magro, prefeito de Coxim (PP), posa para foto antes de conceder entrevista durante o 3º Congresso dos Municípios de MS, em Campo Grande.Edilson Magro, prefeito de Coxim (PP), posa para foto antes de conceder entrevista durante o 3º Congresso dos Municípios de MS, em Campo Grande.

Com pouco recurso e muitas demandas, o prefeito aposta em outra frente para recuperar a economia da cidade: o turismo. Quando assumiu, Coxim nem estava mais no mapa turístico estadual. Agora, voltou a ser destino de eventos como carnaval, campeonato de pesca e encontros de jipeiros e trilheiros. “Teve até grupo de indianos visitando a cidade”, contou.

Edilson também cita iniciativas como a retomada da festa do peixe — agora chamada campeonato de pesca — e a remada das monções, que atrai praticantes de caiaque. “É cultura, é lazer e também é geração de renda”, defende. Ele ainda busca recursos em Brasília para viabilizar a construção de uma feira central com projeto assinado por arquiteto local.

Além do turismo, a agricultura também avança. A área de plantio de soja na cidade saltou de 5 mil para quase 20 mil hectares. “Onde chega a soja, chega o desenvolvimento. A gente quer atrair empresas, movimentar o comércio, mesmo com as restrições do zoneamento ecológico.”

Para o prefeito, o segredo está em equilíbrio: conter gastos com responsabilidade e abrir espaço para novas oportunidades. “Não dá para fazer loucura. A gente tem que cuidar bem do dinheiro público e buscar formas de desenvolver Coxim. Com os dois pés no chão.”

E é assim, entre ambulâncias com defeito, eventos de pesca e hectares de soja, que Edilson Magro tenta atravessar o ano. Se não dá pra fazer tudo, o objetivo é pelo menos manter o essencial funcionando e preparar o terreno para o que vem depois da crise.

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