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ECLIPSE SOLAR

Eclipse solar passa despercebido em MS por conta da fumaça das queimadas

Pouco visto: a expectativa pelo "anel de fogo" deu lugar à frustração com a fumaça

2 outubro 2024 - 18h26Ricardo Eugenio
Sol, Lua e Terra se alinham, mas fumaça atrapalha quem tentou ver o eclipse solar
Sol, Lua e Terra se alinham, mas fumaça atrapalha quem tentou ver o eclipse solar - (Foto: A Crítica )

Nesta quarta-feira (2), o céu de Mato Grosso do Sul foi palco de um evento astronômico: o eclipse solar anular, quando o Sol, a Lua e a Terra se alinham, formando um "anel de fogo" no céu. No entanto, a intensa fumaça provocada pelas queimadas na região ofuscou a visão do fenômeno, frustrando quem esperava observar o eclipse.

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De acordo com o meteorologista Natálio Abraão , a visibilidade foi bastante prejudicada pela fumaça. "A densa fumaça e a névoa seca no ar reduziram muito a visibilidade do eclipse. Em algumas áreas, foi possível ver apenas 20% do fenômeno", explicou.

Um eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando uma sombra sobre a Terra. No caso do eclipse anular, a Lua não encobre totalmente o Sol, deixando um anel brilhante ao redor – daí o apelido "anel de fogo".

Reações nas ruas - Apesar de a notícia do eclipse ter se espalhado pelas redes sociais, muita gente não conseguiu ou não se preparou para assistir ao evento. A assistente administrativa Juliana Pereira, de 28 anos, sabia do eclipse, mas acabou não fazendo planos para ver. "Eu sabia que ia acontecer, mas com tanta fumaça no céu, desisti. Achei que nem valia a pena", comentou enquanto passeava com seu cachorro no parque.

O vendedor de frutas José Ribeiro, de 50 anos, que trabalha no bairro Vila Margarida, disse que não sabia que o eclipse aconteceria e afirmou que, para ele, as pessoas estão mais preocupadas com o tempo. "Com tanta fumaça, o que todo mundo quer saber mesmo é se vai chover", disse ele, entre um cliente e outro.

Por outro lado, a professora de geografia Ana Clara Silva, de 35 anos, lamentou não ter sido mais informada sobre como observar o fenômeno de forma segura. "Eu sabia que não dava para olhar diretamente para o Sol, mas acho que faltou alguém explicar melhor como a gente poderia ter visto", afirmou.

A influência das queimadas - O eclipse foi visível em várias partes do Brasil, incluindo estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, mas em Mato Grosso do Sul, a fumaça das queimadas comprometeu a observação. O céu encoberto deixou muitas pessoas sem acesso ao que deveria ser um espetáculo natural, agravando a sensação de desconforto causada pela má qualidade do ar.

O eletricista Marcos Oliveira, de 40 anos, comentou que sabia do eclipse, mas preferiu esperar para ver fotos na internet. "Precisava de óculos especiais para ver, então não me preparei. Vou esperar para ver como foi pelas fotos", disse ele, sem se abalar.

Apesar da dificuldade de visualização, o fenômeno astronômico continua despertando curiosidade e fascínio. Para quem perdeu essa oportunidade, resta a expectativa de um próximo evento, na esperança de que o céu esteja mais limpo.

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